Festival que celebra a experimentação, o Kino Beat chega a sua terceira edição maior e mais diversificado. De amanhã a domingo, cinco espaços de Porto Alegre serão ocupados por performances, espetáculos, shows e exposições de artistas nacionais e internacionais.
Novamente sob a batuta do produtor e DJ Gabriel Cevallos, o festival segue apoiado sobre os pilares da imagem (kino) e do som (beat). Mas, diferentemente das edições anteriores, mais centradas em apresentações musicais, o Kino Beat 2016 expandiu seus horizontes para novas linguagens.
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– A ideia deste ano foi estabelecer uma conexão com artes visuais, dança e performance, entrando na área das artes integradas – explica Cevallos. – Tanto que iremos para outros palcos, como galerias de arte e teatros.
Entre os temas abordados pelo Kino Beat 2016 está a festa – suas implicações políticas, espaço de socialização e reflexo de costumes, palco do exercício do hedonismo, de vícios e excessos.
A performance A festa profunda e a exposição The dance party, que tomarão forma em duas galerias da Capital, são dois dos trabalhos que tratam do assunto.
– Oferecemos um outro olhar sobre esse universo, que não é necessariamente otimista – aponta o produtor responsável pelo evento.
Além de espaços naturalmente dedicados a mostras e performances, parte da programação do Kino Beat será apresentada nos teatros São Pedro e Sesc e no Instituto Goethe – também parte do esforço da curadoria para tirar a cultura de festa do contexto de noite, de pista de dança, e levá-la a outros lugares em busca de novos significados. No Theatro São Pedro, por exemplo, os suecos Olle Holmberg e Frida-Li LoÅNvgren executam pela primeira vez em Porto Alegre as performances Quitland e Moon Wheel – espetáculo que mistura elementos sonoros criados ao vivo em uma atmosfera de imersão.
Uma das atrações mais aguardas, o francês Vicent Moon apresentaet/errances. Conhecido por dirigir videoclipes de grandes nomes da música pop, como Arcade Fire e R.E.M., o cineasta encerrará o Kino Beat mostrando um pouco do seu trabalho de registro etnográfico pelo mundo.
– Ao final, temos um painel rico e diversificado do kino e do beat – define Cevallos. – Um painel capaz de gerar experiência, provocar, causar impacto, mostrar o que pode e está sendo feito nesse cruzamento de imagem e som no Brasil e no mundo.
Confira a programação: