Geralmente, a história da formação de bandas de pagode guarda uma certa semelhança. Amigos de bairro ou de escola, apaixonados por música, se reúnem depois de anos sonhando em ter um grupo. Porém, o Pagode do K.O, com membros de Alvorada, Porto Alegre, Canoas e Cachoeirinha começou de maneira diferente.
No começo de 2015, Cris (surdo), um dos fundadores do grupo, foi chamado para a inauguração de um bar, em Alvorada. Para tentar dar uma bombada no evento, o dono do local, situado na Avenida Presidente Vargas, no Centro da cidade, pediu que Cris trouxesse amigos para formar uma banda por uma noite.
– Ele chamou uns caras que ele conhecia, a gente ficou sabendo que precisavam de músicos lá. Quando chegamos, alguns se conheciam, mas ninguém era amigo de anos. Começamos a tocar juntos, deu liga – relembra Tuiuka, que toca cavaco no grupo.
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Público só cresceu
No primeiro show, Tuiuka lembra, cerca de 30 pessoas acompanharam a performance da banda. Convidados a voltar na semana seguinte, os pagodeiros viram o público dobrar. Na terceira semana seguida, tinha ainda mais gente.
– Já tinha mais de 100 pessoas. E a galera que nos viu tocar disse que estávamos bem entrosados, nos estimularam a seguir. Ali, nascia o Pagode do K.O – relembra Tuiuka.
Com um repertório de oito canções autorais, escritas por Tuiuka, como Eu Quero Mais e Batom, o grupo começou a ganhar nas casas noturnas de Alvorada e da Região Metropolitana. Tanto que até surpreendeu os músicos.
– Estamos com uma média de três shows semanais, algo bem significativo para qualquer banda. E tínhamos receio que o nome da banda assustasse o pessoal, mas não aconteceu isso, pelo contrário – afirma Tuiuka.
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Para os próximos meses, o grupo quer juntar uma grana para entrar em estúdio e gravar suas primeiras canções.
– É um sonho dos integrantes do grupo. Como tudo começou muito rápido, ainda não tivemos grana para ir pra estúdio, que é algo caro. Mas vai dar, temos fé – afirma Tuiuka.
Ainda integram o Pagode do K.O Vitão (violão), Igor (reco-reco), Jojo (rebolo), Felipe (pandeiro) e Abner (baixo).
Pitaco de quem entende
Markinhos, vocalista do grupo Vírus do Samba, fala sobre o som do Pagode do K.O:
– É um grupo novo, está no caminho, tem um bom cantor, de boa voz, um cavaco de qualidade. Parabéns!
Aqui, o espaço é seu!
– Para falar com o grupo, ligue para 8574-7849.
– Para participar da seção, mande um pequeno histórico da sua banda, dupla ou do seu trabalho solo, músicas em MP3 ou clipe e um telefone de contato para jose.barros@diariogaucho.com.br.