Antes de criarem uma das mais bem azeitadas máquinas de hits radiofônicos da história. Antes de venderem milhões de disco e lotarem casas por todo o país. Antes de inaugurarem a ponte entre o rock brasileiro e o latino. Antes de se tornarem uma das maiores bandas do Brasil. Antes de tudo isso, os Paralamas eram um trio de amigos tocando só por curtição – formato e espírito que se materializam neste sábado no Opinião, em Porto Alegre.
Bolado para tocar em lugares mais intimistas ou com palcos menores, o projeto Paralamas Trio é exatamente o que o nome diz: Bi Ribeiro, Herbert Vianna e João Barone e ninguém mais. Baixo, guitarra e bateria executando uma seleção não apenas de hits da banda, mas também canções pouco conhecidas e covers de gente que os inspirou no início da caminhada.
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– Desde a entrada do João Fera nos teclados, em 1986, que a gente não se apresentava formalmente como trio e, com o tempo, a banda foi só aumentando – explica Bi, em entrevista por telefone. – Imagina, então, que você estava jogando vôlei de quadra e, de repente, vira vôlei de praia. É bem menos gente para dar conta da mesma responsabilidade.
Se do ponto de vista de quem está em cima do palco a sensação é de trabalho dobrado, para quem está na plateia a experiência é de descoberta. Canções como Meu erro, Vital e sua moto e Alagados aparecem em versões bem diferentes daquelas que foram celebrizadas nas últimas décadas.
– Óculos, por exemplo, não tem o teclado que se tornou sua marca registrada. Então é uma maneira de apresentar um lado nosso que muita gente não conhece – salienta o baixista.
Além dos clássicos, entraram também músicas mais obscuras que não fazem parte do repertório tradicional dos Paralamas, como O rouxinol e a rosa e Dois elefantes, além de releituras dos hermanos Charly García, Gustavo Cerati e Fito Paez e dos ídolos Jimi Hendrix e The Who. Mas Bi conta que o trio costuma decidir o set list em cima da hora e chega a evitar ensaiar muito antes de cada apresentação para manter o clima de descontração.
O espetáculo já passou por São Paulo e cidades do Nordeste, sempre em teatros, com o público sentado. Em Porto Alegre, será a primeira apresentação com plateia em pé, o que deixa Bi animado:
– Gosto desse clima de bar, de show de rock, mesmo. E esse formato de show, de power trio, se presta bem pra isso.
Música
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Gustavo Brigatti
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