Uma noite para relembrar uma das bandas mais icônicas do rock mundial. Essa é a proposta do Strange Days, projeto que paga tributo aos The Doors e tem apresentação na noite deste domingo, às 20h, no Teatro do Bourbon Country. Os ingressos custam entre R$ 70 e R$ 180.
Conterrâneo dos The Doors, o grupo que leva o nome do segundo disco da banda de Los Angeles segue à risca o manual das bandas de tributo: músicos fisicamente parecidos com os integrantes originais (especialmente os cortes de cabelo), figurino de época, instrumentos vintage e repertório baseado em sucessos populares. Tudo para transformar o palco em uma máquina do tempo.
– A parte mais difícil é agir, vestir as roupas e tocar exatamente como outra pessoa – conta Robert Carsten, que encarna o guitarrista Robby Krieger. – Você precisa deixar seu ego em casa, porque ali não é mais sobre você e seu estilo pessoal de tocar, mas fazer parte de uma experiência da maneira mais genuína possível.
Além de Carsten encarnando o lendário guitarrista dos The Doors, os Strange Days são compostos por Jason Tosta como o vocalista Jim Morrison, Alexis Oscar Angel como o tecladista Ray Manzarek e Dave Burdette Maidden como o baterista John Densmore. A dedicação do quarteto é tão grande que, não raro, fazem aparições ao vivo e em programas de rádio e TV tocando junto com algum dos próprios integrantes remanescentes dos The Doors.
Além da mise-en-scène caprichada (o vocalista Tosta emula boa parte dos trejeitos socialmente aceitáveis de Morrison no palco), o Strange Days investe em um repertório sem muito risco. Entre as canções executadas, estão Riders on the storm, End of the night, Light my fire, Alabama song, Roadhouse blues e Touch me.
– Tentamos sintetizar a maneira deles de tocar e pensar musicalmente – comenta Carsten. – E se por acaso tentamos algo além, algum improviso ou algo assim, é dentro do que eles fariam, nunca como nós gostaríamos de fazer.
De cima do palco, o guitarrista diz enxergar um público de todas as idades, provando a força atemporal do quarteto original:
– Temos fãs dos 8 aos 80 anos. Os mais velhos dizem que viram os The Doors originais em sua juventude e que nós os levamos às lágrimas, enquanto os mais jovens dizem que, nos assistindo, se sentem como se voltassem no tempo. Reações como essas são a nossa maior recompensa.
Música
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Gustavo Brigatti
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