BESSIE
De Dee Rees. Com Queen Latifah, Michael Kenneth Williams, Bryan Greenberg e Mo'Nique. Esta cinebiografia produzida pela HBO reconstitui a vida turbulenta da genial Bessie Smith (1894 – 1937). Cantora de blues, precursora das divas do jazz, Bessie enfrentou o preconceito e a violência de uma sociedade segregada, algo que se traduziu em suas performances doces e enérgicas de canções clássicas como Midnight blues e Need a little sugar in my bowl. A narrativa se concentra em sua ascensão nos palcos, na década de 1920, a crise existencial e a reinvenção como intérprete de swing (o subgênero do jazz da época) pouco antes da morte, em acidente de carro, em 1937. Ainda que careta na forma, o filme tem belos momentos e cresce graças à entrega da atriz principal – que canta bem, embora de maneira diferente da eterna Imperatriz do Blues. Drama, EUA, 2015, 112min. HBO Signature, sábado, 16h10min
BARRY LYNDON
De Stanley Kubrick. Com Ryan O'Neal, Marisa Berenson e Patrick Magee. Maravilha de filme de Kubrick, considerada uma das fotografias mais bonitas da história do cinema, sobre um irlandês que é recrutado pelo exército da Prússia em meio à Europa conflagrada do século 18. Ele assume outras identidades e acaba adentrando no universo das benesses da aristocracia da época – jornada que terá duração limitada, veja e confira. Drama, Grã-Bretanha/EUA, 1975, 184min. TCM, madrugada de sábado para domingo, 2h40min
CORRA, LOLA, CORRA
(Lola rennt) – De Tom Tykwer. Com Moritz Bleibtreu. Depois cooptada para a Trilogia Bourne (2002-2007), a atriz alemã Franka Potente vive uma garota de esvoaçantes cabelos vermelhos que passa o tempo todo correndo para conseguir o dinheiro que impediria seu namorado de assaltar um supermercado. É um filme interessante, mas não tanto quanto o culto em torno dele no fim dos anos 1990. De todo o modo, vale conhecê-lo. Suspense, Alemanha, 1998, 81min.
Max Up, madrugada de sábado para domingo, 2h25min
SPARTACUS
De Stanley Kubrick. Com Kirk Douglas e Laurence Olivier. Uma revolta de escravos à época do Império Romano, um dos grandes épicos históricos do cinema. Diz a lenda que Kubrick pegou o projeto já iniciado, substituindo Anthony Mann – o diretor fora chamado para repetir a parceria com o ator Kirk Douglas levada a cabo na obra-prima antimilitarista Glória feita de sangue (1957). E que, devido às dificuldades de cortar o moralismo excessivo da trama, jamais admitiria assumir a direção de outro filme sem ter o controle absoluto de tudo o que o envolvesse. O que, dado o que aconteceu nos anos seguintes, faz todo o sentido. Drama, EUA, 1960, 184min. Telecine Cult, domingo, 15h10min
DRUGSTORE COWBOY
De Gus van Sant. Com Matt Dillon e Kelly Lynch. Um dos filmes que alçaram Van Sant à condição de cult. Foi lançado em 1989 (sucede a estreia do diretor, com Mala noche), mas se passa no iniciozinho dos anos 1970, período pós-cultura hippie, quando um grupo de viciados em drogas diversas sobrevive assaltando farmácias. Dillon está ótimo, mais maduro do que o Rusty James que encarnou em O selvagem da motocicleta (1983), muito bem-sucedido ao dar complexidade ao "drugstore cowboy" do título – personagem baseado na autobiografia de James Fogle. E a direção carrega uma amoralidade que faz falta em tantos outros títulos sobre o mesmo tema. Van Sant deixaria claro em longas posteriores, a exemplo de Elefante (2003), Paranoid Park (2007) e Inquietos (2011): a maturidade no tratamento de assuntos delicados é uma de suas marcas mais admiráveis. Drama, EUA, 1989, 102min. Telecine Cult, domingo, 20h
A COR DO DINHEIRO
(The color of money) – De Martin Scorsese. Com Paul Newman e Tom Cruise. Impressionado com o talento de um jovem jogador, ex-campeão de sinuca decide voltar à cena e gerenciar sua carreira. O garoto é interpretado por Cruise, e o veterano, por Newman, voltando ao personagem que viveu em Desafio à corrupção (1961), drama de Robert Rossen que venceu os Oscar de fotografia e cenografia em preto e branco (sim, existia isso àquela época). Em A cor do dinheiro, Scorsese filma as partidas com planos inventivos e montados à perfeição. Drama, EUA, 1986, 119min. Telecine Cult, domingo, 23h35min
TV aberta
SEM DOR, SEM GANHO (Pain & gain) – De Michael Bay. Com Mark Wahlberg, Dwayne Johnson e Anthony Mackie. Instrutor de fisiculturismo de pequena academia convence um seguidor e um ex-presidiário a participarem de um golpe a ser aplicado em um de seus alunos, mas um investigador aposentado que se interessa pelo caso fica no encalço do trio. Ação, EUA, 2013, 129min.
RBS TV, madrugada de sábado para domingo, 0h40min
A GRANDE VITÓRIA – De Stefano Capuzzi Lapietra. Com Caio Castro, Felipe Folgosi, Suzana Pires e Sabrina Sato. Garoto órfão supera dificuldades sociais e se estabelece emocionalmente construindo uma carreira como um dos principais técnicos de judô do Brasil. Drama, Brasil, 2014, 88min. RBS TV, domingo, 14h05min
A MAÇÃ (Sib) – De Samira Makhmalbaf. Com Massoumeh Naderi e Zahra Naderi. Filha do diretor iraniano Mohsen Makhmalbaf (O silêncio, O caminho de Kandahar, Gabbeh), a jovem Samira conseguiu levar ao Festival de Cannes este seu filme de estreia, que realizou com apenas 17 anos de idade. A história, coescrita por Mohsen, é a da reintegração social de duas gêmeas de 11 anos que passaram a vida trancadas em casa pelo pai. Trata-se de uma metáfora da condição social da mulher no país. Drama, Irã, 1998, 85min. TV Brasil, 0h de domingo para segunda