ERA UMA VEZ EM NOVA YORK
(The immigrant) – De James Grey. Com Marion Cotillard e Joaquin Phoenix. Belo filme do sempre ótimo Grey sobre a via-crúcis de uma imigrante polonesa que chega aos EUA nos anos 1920 e, em vez do sonho americano, vivencia um homérico pesadelo. A parceria entre o diretor e seu ator-fetiche Phoenix (um dos melhores do mundo hoje) aqui tem um plus: a presença da maravilhosa atriz francesa de Piaf (2007) e Ferrugem e osso (2012), em mais uma de suas atuações espetaculares. Era uma vez em Nova York é um dos melodramas
mais intensos e interessantes dos últimos anos. Drama, EUA, 2013, 113min.
Telecine Touch, 19h55min
RIOCORRENTE
De Paulo Sacramento. Com Lee Taylor, Roberto Audio e Simone Illiescu. Este incompreendido filme de Sacramento (bom montador que dirigiu O prisioneiro da grade de ferro e foi um dos responsáveis pela volta de José Mojica Marins em Encarnação do demônio) é um dos mais interessantes ensaios sobre a conjuntura social das metrópoles. Um fiapo de dramaturgia une quatro personagens que moram em uma São Paulo onírica, mas familiar aos habitantes de qualquer grande cidade. A associações entre eles se dão por meio de uma construção narrativa livre e uma série de metáforas, muitas delas relacionadas ao fogo, como se dissessem que basta uma fagulha para algo explodir. Drama, Brasil, 2013, 95min. Telecine Cult, 20h25min
PIXOTE, A LEI DO MAIS FRACO
De Hector Babenco. Com Fernando Ramos da Silva e Marília Pêra. Clássico do cinema brasileiro que projetou o nome de seu diretor internacionalmente e chamou a atenção do mundo para a história do menino abandonado de São Paulo que vai para um reformatório e lá encontra uma universo tão hostil quanto o das ruas. Um dos mais contundentes filmes sobre o tema, teve sua tragédia consumada quando o ator que interpreta Pixote, depois da fama repentina, voltou às ruas e morreu assassinado por policiais em 1987. A bela e triste sequência da pietá é uma das mais clássicas da cinematografia nacional. Drama, Brasil, 1980, 128min. Canal Brasil, 22h
GRAN TORINO
De e com Clint Eastwood. O velho Clint anunciou que este seria seu último projeto como ator, o que não cumpriu, afinal, fez Curvas da vida (2012), de seu parceiro Robert Lorenz. De todo modo, é "o" filme do sujeito de uma outra época e suas dificuldades para lidar com os novos tempos, estes de multiculturalismo, informalidades e noções diferentes de honra do que aquelas que ele, um militar aposentado, conhecera em sua formação. Nos EUA e na Grã-Bretanha, Gran Torino registou o maior sucesso de público entre todas as mais de 30 produções dirigidas por Eastwood. Faz sentido: é um de seus melhores filmes, ainda que não tenha o apelo de As pontes de Madison (1995), a consagração de Menina de ouro (2004) e o significado histórico de Os imperdoáveis (1992). É dos mais tocantes retratos da velhice e do anacronismo de um personagem que o cinema foi capaz de produzir nos últimos anos. Drama, EUA, 2008, 116min. Max Prime, 22h15min
TV aberta
INIMIGOS DE INFÂNCIA (Disney's frenemies) – De Daisy von Scherler Mayer. Com Bella Thorne. Os altos e baixos da amizade de três duplas de amigos que frequentam o mesmo colégio. Comédia dramática, EUA, 2012, 87min.
RBS TV, 15h10min