Bruno Ferrari já experimentou tipos bem peculiares em seus 14 anos de TV. Mas garante que, na pele do revolucionário Xavier de Liberdade, liberdade, vive um momento ímpar em sua carreira. Encarnar um defensor do povo e dos ideais de igualdade entre os homens encanta o ator. Para ele, Xavier luta a favor dos "fracos e oprimidos" como se fosse um Zorro. Na entrevista a seguir, Bruno fala sobre a dualidade de contar uma história de ficção a partir de acontecimentos da história do Brasil.
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Liberdade, liberdade é uma novela de ficção cujo início é baseado em fatos importantes da história do Brasil. Como vocês lidam com essa relação entre a fantasia e o real?
Acho instigante e nos faz embarcar para valer no texto. Existe uma licença poética, sim, mas fizemos workshops e estudamos o período. Além de a gente retratar a época, a novela contou um pouco da vida do Tiradentes. É uma ficção, é verdade, mas com muitas pitadas de registros desse período.
O horário das 23h é visto como uma faixa com mais liberdade artística para a equipe. Você consegue perceber isso ?
Existe uma liberdade maior, sem dúvida. Começa no autor, que pode tocar em determinados assuntos com mais densidade, vai para o diretor na hora de executar e acaba chegando ao elenco. Isso é muito bom. Mesmo sendo mais tarde, é importante poder ter esse espaço para fazer coisas que normalmente a gente não consegue.
Você passou 10 anos na Record e agora voltou para a Globo, como um dos protagonistas. Esse período na concorrência que lhe deixou em um novo patamar na emissora?
Não sei. Fiz teste para interpretar o Xavier e passei. Sem dúvida, a abertura de mercado faz com que a gente circule e que se tenham oportunidades de trabalho para mais pessoas. Saí em um momento em que acreditava que já tinha cumprido o meu tempo lá e queria conhecer pessoas diferentes, experimentar novas possibilidades.
O que mais agrada você nesse personagem atual?
É um personagem incrível. Ele não é um mocinho comum, é um revolucionário. E também romântico e intenso. Xavier quer o país livre da coroa portuguesa e essa defesa da liberdade acaba sendo um elo entre ele e a Joaquina. Uma vez, o Mário Teixeira (autor) disse que o Xavier era o Zorro. Achei ótima essa referência.