Há três anos, surgia uma série televisiva que revolucionaria a forma de pensar os aspectos da diversidade, do empoderamento das mulheres e das discussões de gênero. Orange Is The New Black veio para mostrar que as mulheres – não apenas as brancas e magras – podem ser protagonista. Negras, gordas, lésbicas, transexuais e as que fogem do padrão de beleza e de comportamento imposto pela sociedade também podem chegar ao estrelato.
Produzida pela Netflix, a série, baseada no livro de Piper Kerman _ uma norte-americana que ficou presa durante 15 meses por lavagem de dinheiro _ terá sua quarta temporada disponibilizada na plataforma de filmes na próxima sexta-feira. A estreia é aguardada com expectativa pelos fãs da trama, que apresenta o novo universo em que vive a personagem principal, Piper Chapman, condenada por tráfico de drogas. Na prisão de Lichtfield, ela encontram mulheres de diferentes origens, etnias e histórico de vida. Suas histórias são tão ou mais importantes que a da protagonista no andamento da série.
Trailer da quarta temporada de "Orange is the New Black" é divulgado
Orange coleciona fãs por pautar a representatividade, por fazer com que as mulheres se reconheçam e de identifiquem com personagens na trama. Como é o caso da bióloga Juliana Giacomini, que conta que a série é especial por não cair no estereótipo comum de mulheres loucas ou frágeis, mas por retratar mulheres reais.
_ Acho interessante porque os diálogos não envolvem apenas homens, como é comum em programas com muitas mulheres, mas sim a particularidade de cada uma, o mundo de cada uma e também por se sentir representada, tanto como mulher gorda, como bi _ comenta Juliana.
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A riqueza das mais de 15 personagens da trama encanta os fãs da série. Tanto é que elas acabaram se tornando objeto de um trabalho acadêmico de um grupo de estudantes de Publicidade e Propaganda da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Seis alunas decidiram reproduzir fotos famosas das personagens da história.
_ Escolhemos o seriado porque ele problematiza várias questões sociais e traz personagens muito diversificadas, assim poderíamos retratar, nas fotos, mulheres diferentes, tanto na personalidade quanto fisicamente _ disse Júlia Custódio, que fez o trabalho junto com Camila Missio, Elena Dias, Gabriele Foggiato, Tatiana Alvez e Bruna Lemes.
Elas convidaram conhecidas e amigas para posar no ensaio fotográfico. Com a ajuda de figurino e maquiagem, elas se transformaram em personagens como a cozinheira russa Red, a sonhadora Lorna, a religiosa e ex-dependente de drogas Pennsatucky e a homossexual Poussey.
_ O resultado ficou muito bom, todas as gurias conseguiram retratar bem as personagens, as expressões e o jeito que elas são _ relatou Júlia.
Confira a galeria de fotos produzidas pelas estudantes de Publicidade e Propaganda. As participantes das fotos foram: Leandra Cohen, Mirella Joels, Barbara Fischer, Júlia Custódio, Laura Dürks Cassol, Bruna Casser, Camilla Avila, Júlia Gabriel e Nanda Laureano.