Depois de quatro sessões da peça Habitantes D'Ela no Instituto Ling, a dramaturga Maria Luíza Madureira usou as redes sociais para denunciar uma "tentativa de coerção" feita pelo centro cultural contra discursos políticos seus. Em um texto publicado nesta segunda em seu perfil no Facebook, a autora diz que fez discursos a respeito do fim do Ministério da Cultura (que acabou sendo reativado) e do que considera um "governo ilegítimo" de Michel Temer após as duas primeiras apresentações, nos dias 20 e 21 de maio. Antes da terceira sessão, na última sexta, uma funcionária do instituto teria a procurado e dito que "falar do Ministério da Cultura, tudo bem, mas de política, não". Para Maria Luíza, a atitude não pode ser configurada como censura – até porque o discurso foi repetido nas duas sessões seguintes, sem qualquer interferência do Instituto Ling –, mas uma intimidação "feita de forma delicada".
Protesto na cultura
Artista diz ter sido intimidada por funcionária de espaço cultural após discurso anti-Temer
Maria Luíza Madureira, responsável pelo texto de "Habitantes D'Ela", diz que funcionária pediu para que não houvesse manifestação política
Gustavo Foster
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