Da ponta do cabelo rosa às unhas estilizadas, das roupas coloridas aos óculos inusitados, do gingado ao nome artístico e, principalmente, da batida contagiante às letras poderosas, Karol Conka é pura originalidade e força feminina. A curitibana de 29 anos conquistou o Brasil e outros tantos países por onde passou, como Japão, Austrália, Alemanha e França, com um som que tem base no hip hop, toque de trap e influências de reggae e MPB. Nesta sexta-feira, ela se apresenta em Porto Alegre, no OBRA Club, às 23h.
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Na família, nenhum músico. Foi durante a adolescência que Karoline de Freitas Oliveira participou de um concurso de rap no colégio, ganhou e se descobriu. O nome “Karol Conka” veio naturalmente: tinha outra colega Carol, com “C”, e o aposto “com K” era acrescentado ao seu nome para diferenciar as duas.
Karol começou disponibilizando algumas músicas em sua página do MySpace e, em 2011, lançou seu primeiro single oficial, Boa Noite – posteriormente escolhido para fazer parte da trilha sonora do jogo de videogame Fifa 14. Em abril de 2013, foi a vez do CD Batuk Freak, que obteve 22 mil downloads na primeira semana de divulgação.
A partir daí, eclodiu o sucesso de Karol Conka. No mesmo ano, faturou o Prêmio Multishow na categoria Artista Revelação, participou da criação da música Bota – do grupo português Buraka Som Sistema, trilha sonora de uma campanha publicitária mundial da Adidas que foi eleita a segunda melhor música da Copa do Mundo de 2014 pela Billboard – e o hit Toda Doida foi escolhido um dos 10 melhores do ano pela revista Rolling Stone Brasil.
Em 2014, a rapper se apresentou em Tóquio e fez sua primeira turnê pela Europa. Cantou na tradicional rádio britânica BBC 1, e as revistas americanas Rolling Stone e Time a indicaram como “uma das artistas que o mundo precisa ouvir”. Um ano depois, participou do Sydney Festival, na Austrália, que teve um público de 40 mil pessoas.
Agora, trabalha no seu novo CD, que deve ser lançado entre o final de maio e o início de junho.
Ela tem o que dizer
– Nós, feministas, vamos levar o Brasil para frente. Aceita que dói menos! – esbravejou para uma multidão de fãs em um dos shows mais concorridos do Lollapalooza no último domingo, que contou com a participação de MC Carol.
Karol diz que era feminista antes de saber o que era o feminismo. Sempre se preocupou em abordar o papel da mulher (ou melhor, a importância de não existir um papel predefinido para as mulheres) em suas músicas, mas foi depois do primeiro CD que pesquisou sobre o assunto e começou a erguer a bandeira. Autoestima e poder feminino são dois aspectos que ela busca transmitir, principalmente às meninas negras, tanto em atitudes quanto nas suas letras.
Karol Conka em números
Youtube: videoclipes Tombei (quase 3 milhões de visualizações), Gandaia (2,8 milhões) e Toda Doida (1,6 milhão).
Facebook: mais de 400 mil curtidas em sua página.
Instagram: 213 mil seguidores.
Show
Sexta-feira, 17 de março, às 23h.
OBRA Club (Av. Independência, 936).
Ingressos: R$ 55 (antecipado do 3º Lote, à venda na Loja Void – Rua Padre Chagas, 364 – e no site sympla.com.br) e R$ 65, na hora.
Proibida a entrada de menores de 18 anos.