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Ele é um dos nomes mais famosos do rap, já vendeu mais de 35 milhões de discos e chega a Porto Alegre no dia 17 de março. Seu nome é Calvin Cordozar Broadus, Jr., mas é conhecido mesmo como Snoop Dogg. Só que se apresentará por aqui como DJ Snoopadelic – uma homenagem ao clássico grupo Funkadelic –, assumindo o posto de disc jockey para dar o play em sucessos da carreira, de amigos como Dr. Dre e Pharrell Williams e músicas de outros artistas.
A apresentação de Snoop Dogg, 44 anos, no Anfiteatro Beira-Rio faz parte do Ebonics Live, festival que pretende reunir nos palcos brasileiros artistas gringos e nacionais que tenham suas raízes ligadas ao hip hop.
Depois de Snoop Dogg – ou melhor, DJ Snoopadelic –, quem se apresenta no espaço do estádio colorado feito especialmente para shows musicais é O Rappa. O grupo deve tocar sucessos como Pescador de Ilusões, Me Deixa e Minha Alma, além de músicas do mais novo disco, Nunca Tem Fim (2013), indicado ao Grammy Latino. Os cariocas farão um show de um hora e 30 minutos, mesmo tempo que Snoopadelic ficará no comando das picapes.
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Então, é hora de celebrar a vinda de um dos maiores nomes do rap.
Snoop o quê?
Quase todo mundo conhece Calvin Cordozar Broadus, Jr. apenas como Snoop Dogg, mas esse não é o único nome utilizado pelo rapper em seus mais de 20 anos de carreira. Seu primeiro disco, Doggystyle, de 1993, foi lançado com o epíteto Snoop Doggy Dogg, alcunha que era repetida em voz feminina no primeiro hit do cantor, de sugestivo título Who Am I? (What’s My Name?). Já em 1998, em seu terceiro disco, o rapper trocou o nome artístico por razões contratuais, passando a se chamar apenas Snoop Dogg. Cinco anos depois, quando se converteu à religião rastafári e decidiu gravar um CD de reggae, passou a se chamar Snoop Lion – o que acabou durando menos de um ano, já que, ainda em 2013, o músico voltou a investir no rap, uniu-se ao também rapper Dâm-Funk no álbum colaborativo 7 Days of Funk, agora autointitulando-se Snoopzilla. Atualmente, o rapper adotou novamente Snoop Dogg – mas, é claro, toca também o projeto DJ Snoopadelic. Na dúvida, chame-o de Snoop.
Carreira enfumaçada
Um elemento que pode ser encontrado em praticamente todas as fases da carreira de Snoop Dogg é a maconha, cuja descriminalização têm levantado acalorados debates. Um dos assuntos preferidos do cantor, a erva aparece em letras de dezenas de músicas e também já o levou a incursões como empresário nos EUA. No ano passado, Snoop comprou parte de uma empresa chamada Eaze, especializada em entrega de maconha medicinal por delivery. No mesmo ano, Snoop lançou o site Merry Jane, especializado em notícias sobre a erva – “Um mix de cultura, negócios, política e saúde”, disse o rapper (ou melhor, empresário). Ainda em 2015, ele lançou sua linha de produtos, a Leafs by Snoop, que fornece sementes, produtos comestíveis e concentrados que têm em sua composição o THC, princípio ativo do narcótico. Curiosamente, em 2002, Snoop Dogg anunciou que tinha parado de fumar maconha – mas, em 2013, o rapper afirmou o contrário.
Mestre das parcerias e dos hits
A carreira de Snoop Dogg começou como a de tantos outros rappers americanos: com um empurrãozinho de Dr. Dre. Logo após o (primeiro) fim do lendário grupo de rap N.W.A. (do qual faziam parte Dre, Ice Cube e Eazy-E), Snoop foi descoberto com apenas 21 anos. Dre lançaria seu álbum de estreia na carreira solo, The Chronic, apenas meses depois – das 16 faixas, 13 são compostas em colaboração com Snoop e 11 têm sua participação nos vocais. A partir daí, com a chancela de Dre, a carreira do menino nascido em Long Beach, na Califórnia, decolou. Quatro anos depois, Snoop seria convidado por 2Pac para cantar duas músicas de seu disco All Eyez on Me. Em 2000, juntou-se a Dre, Ice Cube e Eminem na turnê Up in Smoke, que acabou virando DVD e vendendo mais de 600 mil cópias só nos EUA. Dois anos depois, o Brasil o conheceria mais de perto: ao lado de um ainda jovem Pharrell Williams, Snoop veio ao Brasil gravar o clipe do hit Beautiful. Em 2003, lançou com 50 Cent um dos maiores sucessos daquele ano: P.I.M.P.. Atualmente, Snoop tem se dedicado mais a parcerias do que a músicas próprias, o que pode ser confirmado pelos sucessos Young, Wild and Free (com Wiz Khalifa), Wiggle (com Jason Derulo) e Hangover (com Psy).