Se, no início dos anos 2000, a sobrevivência era o pano de fundo para competições como No Limite (Globo, 2000) - que está sendo reexibido pelo canal Viva - e Survivor (que já tem 29 temporadas), atualmente a TV vê proliferar programas que mostram pessoas vivendo situações extremas. Basta uma zapeada para constatar a quantidade de realities dedicados ao tema, como Largados e Pelados (Discovery), Homens da Montanha (History) e Desafio em Dose Dupla (Discovery).
Nas atrações atuais, só sobreviver já não basta. Em Menu Selvagem (Discovery), por exemplo, uma dupla prepara banquetes com o que encontra na selva. Pelo menos três novas atrações seguem essa linha e exploram os limites dos seres humanos. Em Vivendo nas Árvores, que estreou no History na última quinta-feira, um grupo de habilidosos construtores vive em moradias complexas, em copas de árvores altíssimas, na costa do Pacífico. Longe de qualquer modernidade, eles moram em estruturas primitivas, construídas com suas próprias mãos, a mais de 15 metros de altura. O estilo de vida, no entanto, não engloba apenas fazer das árvores suas residências. No meio da floresta, eles precisam caçar e pescar para sobreviver.
Em Eu, Ela e o Fim do Mundo, que estreia no Discovery na noite deste domingo, às 20h40min, propõe a imersão de três casais em crise numa realidade insólita: por três semanas, eles precisam superar as desavenças em meio à selva mexicana, a montanhas marroquinas ou a fiordes noruegueses.
Na TV aberta, Clayton Conservani e Carol Barcellos exploram o desconhecido nos lugares mais inesperados em Planeta Extremo. A nova temporada da série estreia no próximo domingo na RBS TV.
Já no primeiro episódio, eles mostram a cobertura e os bastidores do maior terremoto dos últimos 80 anos do Nepal, vivenciado pelos jornalistas brasileiros. Na sequência, a dupla mostrará histórias de superação, desafios inimagináveis e expedições científicas que contribuem com pesquisas mundiais, como uma ultramaratona no deserto do Atacama.
Separados ou em dupla, Clayton e Carol enfrentam oito desafios inéditos e arriscados e inesperados, como aconteceu no Nepal. Em 25 de abril do ano passado, um terremoto de 7,8 graus na escala Richter devastou o país e deixou cerca de 10 mil mortos. No epicentro, estava a equipe do Planeta Extremo, que viajava para gravar um programa a 300 quilômetros da capital Katmandu, a cidade mais atingida. Duas horas depois, a primeira reportagem sobre a tragédia estava no ar. Nos dois dias seguintes, a equipe brasileira era a única estrangeira no local. Foram cinco dias cobrindo a tragédia para os telejornais e programas da Globo. Este material, com imagens e depoimentos inéditos, estará no episódio de estreia.
- A temporada está muito forte. Entregamos ainda mais nossos corações e demos uma abusada no corpo (risos) - comenta Carol.