Valesca Popozuda desembarca no Rio Grande do Sul na sexta-feira para fazer o show de encerramento da primeira noite do Planeta Atlântida. Prestes a lançar Boy Magia, sua nova música, a funkeira conversou com ZH sobre a expectativa para a apresentação no festival e a carreira.
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O que você está preparando para o Planeta Atlântida?
Minha preparação é dar o melhor sempre. Quero estabelecer uma conexão direta com o público e passar muita energia boa. Estou bastante animada. Cantar para tanta gente, como é aí no Planeta, dá um friozinho na barriga, mas é uma sensação gostosa. Vou subir no palco para levar alegria, agradar os fãs e ganhar o público que ainda não conhece meu trabalho.
Vai apresentar novidades?
Acho que, até o show do Planeta, já vamos ter trabalho novo, Boy Magia, liberado na íntegra. É uma música que fala sobre o homem se sentir bem. Assim como falo que toda mulher pode ser uma diva, agora chegou a vez de eu dizer que todo homem pode ser boy magia, do gari ao advogado. Acho que meus fãs LGBT vão curtir muito, e as mulheres também.
Você tem muitos hits, mas nenhum álbum lançado. Pretende lançar um disco neste ano?
Na verdade, já até tenho um álbum pronto com músicas inéditas. Até aqui, preferi lançar música a música para dar tempo de elas estourarem, o que leva uns seis meses. Minha intenção mesmo não é lançar um CD, mas um DVD. Não algo de palco, mas um DVD de clipes, em uma vibe Beyoncé, que é quem me inspira. Quero seguir por esse lado. Óbvio que não vou conseguir chegar a uma produção igual a dela, mas é uma inspiração. Acredito que, até a metade do ano, já devo ter o projeto fechado.
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Valesca hoje vai além da música. Como você concilia tantos projetos, que vão de palestras à moda?
Tenho tanta coisa para fazer que nem sei. Por isso, as vezes, prefiro focar só na música. Tenho umas ideias ligadas à moda que pretendo colocar em prática muito em breve.
Como é ser um ícone do feminismo atual?
Não foi algo que planejei, mas que aconteceu e me sinto muito honrada. Saber que milhares de redações do Enem citaram meu nome foi uma surpresa muito boa (muitos estudantes citaram a funkeira ao dissertar sobre violência contra a mulher, que foi tema da prova em 2015) . Mais do que nunca, estou reunindo um exército de fãs, e luto sim porque sei da importância de se discutir o feminismo. Vou sempre defender as mulheres pois nasci de um útero feminista, que lutou muito para me criar, e sei onde o calo aperta. As pessoas não têm dúvida do que é a Valesca e o meu discurso. É ruim quando você não consegue passar o que é de verdade, que acaba tendo dois discursos. Eu não sou assim, e as pessoas sabem disso.