Trabalhando há duas quadras do museu, na sede da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp), o maestro e diretor artístico Arthur Nestrovski está entre os profissionais que participaram da elaboração do Museu da Língua Portuguesa, que foi atingido por um incêndio nesta segunda-feira.
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– Em 2006 participei da elaboração, junto com José Miguel Wisnik, da Praça da Língua, uma espécie de planetário onde o público podia ouvir trechos de textos da língua portuguesa narrados por personalidades e anônimos – disse, em entrevista a Globo News. – E pelo que estou vendo daqui pela TV, nada restou.
Veja imagens do incêndio:
Ele salientou o caráter educativo do Museu da Língua Portuguesa, que era visitado diariamente por estudantes de todo tipo de graduação. E exaltou o ineditismo da proposta:
– Até onde eu sei, é um dos únicos museus do mundo dedicado a uma língua. Também tinha um dos maiores índices de visitação entre os museus do Brasil.
A arquiteta, cenógrafa e diretora teatral Bia Lessa foi responsável pela exposição Grande Sertão: Veredas, que inaugurou o Museu da Língua Portuguesa. Baseada na obra de João Guimarães Rosa, ficou em cartaz de 2006 a 2007 e reconstruía a trama do romance através de seus personagens.
Em entrevista a Globo News, ela lamentou a destruição causada pelo fogo na tarde desta segunda-feira.
– A perda dos equipamentos é o de menos – relativizou a diretora. – O pior é a perda do esforço e do empenho de todo mundo que trabalhou lá. Não só o esforço para pesquisa, mas também de montagem de exposições.