Escolinha do Professor Raimundo é um clássico do humor. Chico Anysio um dos grandes gênios desse gênero no Brasil. Reviver o programa era um desafio grande. Desafiador também porque há muito se diz que é um tipo de humor ultrapassado, que não cativa mais o público. Mas o remake produzido em parceria entre o canal Viva e a Globo foi uma grande e merecida homenagem – não só a Chico, mas a todos os atores e redatores que passaram pela atração –, que mexeu com a memória afetiva de uma parcela do público.
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Criada por Chico na década de 1950, inicialmente para o rádio, Escolinha atravessou gerações na TV como um quadro nos programas do humorista até transformar-se em uma atração independente em 1990, na Globo. Ficou no ar até 2001, e sempre foi sucesso.
Acertou a produção em apostar em atores com semelhanças físicas com os que originalmente interpretavam os alunos. E acertou ainda mais ao escolher Bruno Mazzeo para o papel que foi de seu pai. Pelo mesmo motivo, a emoção também foi forte para Lúcio Mauro Filho.
Num programa cheio de bons atores, quatro se destacaram: Marcos Caruso (Seu Peru), Mateus Solano (Zé Bonitinho), Dani Calabresa (Catifunda) e Betty Gofman (Dona Bela). O trabalho corporal e a atuação deles foram excelentes. Uma linda forma de reverenciar Orlando Drummond, Jorge Loredo, Zilda Cardoso e Zezé Macedo, respectivamente.
A atração serve também para mostrar aos mais jovens que o humor tem história na TV brasileira. É o humor antigo, que usava e abusava de bordões, personagens estereotipados, piadas de duplo sentido, e humor politicamente incorreto. Mesmo que a fórmula hoje já não agrade tanto as novas gerações, o remake provou que ainda dá para rir com a Escolinha. Continua sendo um programa com apelo popular.
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Se você perdeu a exibição, ainda tem chance de conferir. Neste sábado, o Viva reprisa os cinco episódios em sequência, a partir das 19h. Em dezembro, a Globo vai reexibi-los aos domingos e ainda apresentará outros dois inéditos.