Os seis episódios da série Zé do Caixão mostraram bastidores de produções dirigidas por José Mojica Marins. São elas:
1) A Sina do Aventureiro
Mojica lança seu primeiro longa em 1958, realizado com os alunos da escola de atores que mantinha em São Paulo. É um "faroeste cabloco" que incorpora elementos regionais e, curiosamente, ambientado no interior gaúcho. Na trama, após levar tiro, foragido é abrigado em fazenda do pai da bela garota que o socorreu.
2) À Meia-Noite Levarei sua Alma
Zé do Caixão, sádico coveiro que busca uma mulher para gerar seu filho, surge neste filme de 1964.
— É a vitória da fantasia sobre a realidade. O Mojica assumiu a personalidade do Zé do Caixão para sobreviver e fazer mídia — diz o ator Matheus Nachtergaele.
3) Esta Noite Encarnarei no Teu Cadáver
Na sangrenta continuação da saga de Zé do Caixão para encontrar sua parceria, ele sequestra moças de uma cidadezinha. O longa de 1967 foi censurado menos por suas cenas de sexo e violência e mais por razões religiosas, em razão das blasfêmias proferidas.
4) O Despertar da Besta
O filme mais polêmico de Mojica, conhecido como O Riual dos Sádicos. Combina perversão sexual e LSD. Censurado em 1969, teve seu lançamento liberado apenas nos anos 1980.
— É um dos melhores filmes de arte de todos os tempos. Comparável a Fellini e Kurosawa — afirma Nachtergaele.
5) Perversão
Representa o início de uma fase de decadência artística e problemas pessoais. Em 1978, para sobreviver, Mojica investiu nos filmes de sexo explícito populares à época na Boca do Lixo. Ele aparece como Vitório Palestrina, playboy que tem como fetiche seduzir e barbarizar jovens mulheres.
6) 24 Horas de Sexo Explícito
Nesta produção de 1985, Mojica radicalizou. A história de três atores pornôs inclui cenas de zoofilia. O grande sucesso de público gerou uma continuação: 48 Horas de Sexo Alucinante, lançado em 1987. Zé do Caixão, enquanto isso, circulava como personagem com vida própria.