Em 29 de abril de 2014, numa galáxia não muito distante, milhões (bilhões?) de queixos rolaram ao chão. Naquele dia, foi divulgada a primeira foto do elenco do novo filme da franquia Star Wars, reunido durante uma leitura do roteiro.
De lá para cá, cada pedacinho de informação sobre o próximo capítulo da saga, O Despertar da Força, foi comemorado e esmiuçado por uma legião de fãs. De teaser-pôsteres a trailers, de fotos de bastidores à revelação da linha de brinquedos oficial, nada relacionado à nova etapa do marco zero da cultura pop recebeu tratamento trivial.
Agora, faltando exatamente um mês para o lançamento do sétimo longa-metragem da franquia nos cinemas, o 2º Caderno reúne sete coisas que ajudam a dar o tamanho de O Despertar da Força.
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MISTÉRIO
Não importa quantas fotos, trailers e pôsteres sejam divulgados: pouca coisa se sabe a respeito do novo filme. Até os antigos personagens, como Leia (Carrie Fisher) e Han-Solo (Harrison Ford), podem não voltar com o mesmo status de quando os vimos pela última vez, há mais de 30 anos. Inclusive, um dos grandes mistérios até o momento é o que foi feito de Luke Skywalker (Mark Hamill), o herói da trilogia original.
UNIVERSO EM EXPANSÃO
Um dos jogos mais aguardados do ano, Star Wars Battlefront está previsto para ser lançado nesta terça. O game de tiroteio coloca o jogador tanto do lado da Aliança Rebelde quanto do Império, em cenários que vão das planícies geladas de Hoth à floresta de Endor. Neste sábado, o Conselho Jedi RS promove o lançamento do game na Livraria Cultura do Bourbon Country, com gameplay e bate-papo. A partir das 14h, com entrada franca.
A FORÇA CONTRA O RACISMO
No dia 19 de outubro, enquanto a maior parte do mundo se emocionava com mais um trailer oficial do filme, a hashtag #BoycottStarWarsVII surgiu no Twitter. O pedido do boicote era por causa do destaque dado a Finn, personagem negro vivido pelo ator John Boyega e que pode ser um dos protagonistas do novo longa. Imediatamente a internet se insurgiu contra a ação racista, que depois se descobriu ser um ato orquestrado.
O FIM DO BIQUÍNI DE METAL
A notícia de que a Disney - dona da franquia desde 2012 - pode tirar do catálogo de merchandising oficial a figura da Princesa Leia usando o icônico biquíni de metal causou reações diversas entre os fãs da saga. Para alguns, a peça, vestida pela atriz Carrie Fisher no filme O Retorno de Jedi (1983), objetifica e esvazia uma personagem forte e importante para o cânone da série. Outros afirmam que o vestuário já é parte da memória da cultura pop e não deve ser descartado. De qualquer forma, a própria Carrie, intérprete de Leia e que está de volta em O Despertar da Força, rejeita o biquíni: em entrevista à revista Interview, ela aconselhou a nova protagonista, Daisy Ridley, a "(...)lutar pelo seu figurino. Não seja uma escrava como eu fui".
FAVAS CONTADAS
Que O Despertar da Força fará um caminhão de dinheiro é tão certo quanto a Marcha Imperial anunciar a chegada de Darth Vader. Mas há quem aposte na supremacia completa do filme nas bilheterias, como o site Collider. Segundo fontes da publicação eletrônica, o novo longa da saga deverá abrir os trabalhos com um tilintar de máquina registradora em torno de US$ 225 milhões - mais do que fizeram os dois maiores blockbusters do ano, Jurassic World (US$ 208 milhões) e Vingadores 2 (US$ 191 milhões).
QUE A FORÇA ESTEJA COM VOCÊ, DANIEL!
No filme Fanboys (2009), um grupo de amigos tenta realizar o desejo de um dos seus integrantes, vítima de câncer terminal: assistir ao ainda não lançado Star Wars - A Ameaça Fantasma (1999). Para tanto, cruzam os EUA até o Rancho Skywalker, lar da produtora de George Lucas, onde uma cópia do filme estaria guardada. A vida imitou a arte no final de outubro deste ano, quando a esposa do americano Daniel Fleetwood iniciou uma campanha para que o marido, que sofria de um tipo agressivo de câncer, assistisse a O Despertar da Força antes do lançamento. A ação mobilizou a internet e contou com o apoio de parte do elenco do filme. Funcionou: Fleetwood conseguiu ver um corte bruto do longa no dia 5 de novembro, morrendo cinco dias depois.
PATROLA DE RECORDES
No mesmo dia em que o novo trailer foi veiculado, em 19 de outubro, começaram as pré-vendas de ingressos para o filme. Ao redor do mundo, o que se viu nas horas seguintes foi uma comoção digna da revelação da paternidade de Luke Skywalker. Sem citar números, o site Fandango, que organiza a venda de ingressos nos EUA, afirmou que a compra antecipada para ver O Despertar da Força superou em oito vezes a de Jogos Vorazes (2012), até então a mais lucrativa. Ah, sim, e o trailer foi visto mais de 110 milhões de vezes nas primeiras 24 horas - até então, o trailer mais visto era o de 50 Tons de Cinza, que acumulara 93 milhões de views ao longo de um ano.
