Se no mercado televisivo americano as mulheres negras ainda brigam por espaço e bons papéis, no Brasil não é muito diferente. Taís Araújo, que nesta terça à noite retorna à TV estrelando a série Mister Brau ao lado do marido, o ator Lázaro Ramos, é um dos ícones. Foi a primeira negra a protagonizar uma novela - com Xica da Silva, na extinta Manchete, em 1996, e depois no horário nobre da Globo com Viver a Vida (2009).
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Há pouco, Camila Pitanga interpretou a mocinha da recém-encerrada Babilônia. Mas os papéis de destaque - sem entrar nas tramas paralelas - são quase inexistentes.
Jorge Furtado, que assina o roteiro final de Mister Brau, contextualizou a necessidade de mais programas serem protagonizados por negros no país.
- Mister Brau é uma série do horário nobre cujos protagonistas são negros. Isso é novo para esse horário. Mas isso também é possível porque temos grandes atores negros, como é o caso do Lázaro e da Taís. O Brasil é um país com 52% da população negra ou parda e isso não está representada na dramaturgia e devia estar. Em termos de afirmação, de talentos e de protagonismo, é algo bem importante - disse o cineasta gaúcho no lançamento da série na semana passada no Rio.
* Segundo Caderno