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Multiartista e inquieta por vocação, a americana Meredith Monk, 72 anos, vem ao 22º Porto Alegre Em Cena na esteira das celebrações de seus 50 anos de carreira, completados no ano passado. Cantora, compositora, criadora de óperas fora dos padrões, filmes de arte e instalações, esta nova-iorquina erigiu-se como uma personalidade, acima de tudo, singular. Contrariando a lógica de mercado que domina, cada vez mais, a atividade criativa, Meredith mantém-se independente, sem fazer concessões. Sua influência hoje pode ser vista no trabalho de Björk, que regravou Gotham Lullaby.
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No show The Soul's Messenger, com sessões nesta quinta e sexta, às 21h, no Theatro São Pedro (ingressos esgotados), a cantora americana realizará, ao piano, um passeio por momentos da carreira, acompanhada por seu Vocal Ensemble: Katie Geissinger (voz), Allison Sniffin (voz e teclado) e Bohdan Hilash (instrumentos de sopro de madeira). Devem estar no repertório seleções da cantata teatral Juice (1969), da ópera ATLAS (1991) e das composições Songs from the Hill (1976) e Mercy (2001), entre outras.
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Meredith costuma dividir sua trajetória em três períodos. O primeiro (de meados dos anos 1960 à década seguinte) foi marcado por seu trabalho solo e pode ser ouvido em gravações como o disco Our Lady of Late (1973). No segundo período (da década de 1970 aos anos 2000), a artista passou a criar com conjuntos, em obras como Dolmen Music (1979). Desde 2003, ela deu início a uma nova fase, compondo para formações orquestrais. Dois filmes de sua lavra (Ellis Island, de 1981, e Book of Days, de 1988) seriam apresentados na terça e quarta-feira na mostra Petrobras Cinepalco, dentro da programação paralela do Porto Alegre Em Cena.
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