Uma noite com muitos tons de preto. Seguindo a mesma linha do dia anterior, o quinto dia de Rock in Rio foi de guitarras e baterias pesadas. No Palco Mundo, bandas como Faith no More e Slipknot levaram o público à loucura
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De La Tierra
O supergrupo latino-americano de metal formado pelo guitarrista brasileiro Andreas Kisser (do Sepultura), pelo baixista argentino Sr. Flavio (de Los Fabulosos Cadillacs), pelo vocalista e guitarrista argentino Andrés Gimenez (do A.N.I.M.A.L.) e pelo baterista mexicano Alex González (do Maná) foi a banda que abriu o palco Mundo no quinto dia do festival.
- Essa é a banda De La Tierrra, a única banda latina no Rock in Rio. O idioma pode ser diferente mas o sentimento que sentimos é o mesmo - explicou o vocalista no início do show.
A banda animou o público ao cantar em espanhol as músicas do seu homônimo disco de estreia, lançado em 2014.
Mastodon
Tocando a primeira vez em terras brasileiras, o quarteto americano, que tem 15 anos de carreira encantou o público com seu o revezamento de vocalistas e poderosos riffs durante toda a apresentação.
A banda que é referência no metal alternativo desde o começo dos anos 2000 tocou os principais sucessos da carreira como Crystal Skull e muitas músicas do seu trabalho mais recente como Chimes at Midnight do Once More Round the Sun, um dos álbuns mais vendidos no verão do hemisfério norte em 2014. Ao final da apresentação, o público foi agraciado com muitas palhetas, jogadas pela banda.
Faith no More
Ao contrário das outras bandas da noite, o Faith no More deixou o preto de lado e subiu ao palco com flores e roupas brancas. Motherfucker do último cd Sol Invictus, lançado este ano abriu a apresentação.
Mike Patton mostrou porque é considerado um dos grandes vocalistas do rock e encantou o público com seu carisma e amplitude vocal. Arriscou algumas palavras em português como "gente", "obrigado", "super legal" e arrancou aplausos ao soltar um "puta que pariu".
Após onze anos separados a banda voltou em 2009 e lançou um disco em 2015. Apesar do novo trabalho, o grosso do show contemplou velhos sucessos. We Care a Lot, música do primeiro disco foi tocada para o delírio dos fãs mais fiéis. O auge do show foi a música Epic de 1989, que arrepiou a plateia e foi cantada em coro por grande por todo público.
Slipknot
O show mais esperado da noite foi o mais aclamado. Uma entrada triunfal com direito a chamas e uma cabeça de besta gigante. Os mascarados do nu metal fecharam quinta noite de Rock in Rio com muito terror e teatro. Sarcastrophe abriu a apresentação transformou a pista numa imensa roda punk.
- Vocês não tem ideia do significado que essa noite tem para nós. É uma honra e um privilegio estar aqui. Preparem-se para perder o controle - anunciou o vocalista Corey Taylor no inicio da apresentação.
É a segunda vez que os barulhentos e teatrais tocam no Rock in Rio. O show passou por sucessos como The Heretic Trunph e canções do novo albúm The Gray Chapter como The devil in I. A interação com o público foi constante.
Before I Forget foi dedicada a todos que acham que o heavy metal morreu e o auge da apresentação se deu com Duality, hit que fez a cidade tremer. Outra surpresa foi o parabéns coletivo cantado pelo público para Shawn Crahan, o Palhaço. O Slipknot colocou fogo no palco e mostrou porque era uma das bandas mais aguardadas do festival.