Na tarde desta quarta, Izabel Alvares ainda parecia não acreditar no resultado da final do MasterChef Brasil. O programa que coroou a carioca como o grande nome da segunda temporada do reality de culinária foi ao ar na noite de terça, pela Band.
- Não esperava mesmo. Achei que a disputa estava muita acirrada e que o carisma do Raul, que é incrível, fosse o tempero final para ele ganhar - contou a promotora de eventos.
Eufórica, animada e passando a impressão de seguir extasiada com o momento que vive, a grande vencedora do MasterChef conversou com Zero Hora, por telefone, menos de 24 horas depois de ter vencido o programa. Izabel falou dos amigos que leva, do jurado que mais gosta e sobre seu desafeto com Cristiano.
Confira a entrevista completa:
Você esperava sair como campeã? O que você destaca na sua trajetória do programa?
Izabel - Foi uma surpresa muito grande. Achei que a disputa estava muita acirrada e que o carisma do Raul, que é incrível, fosse o tempero final para ele ganhar. Mas acabei vencendo e fiquei muito feliz. Não esperava mesmo. Saí menos ansiosa e mais organizada com o meu tempo. Chorei tudo o que tinha pra chorar no programa. Agora, acho que não vou chorar mais não (risos).
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Qual a sua opinião sobre a final não ser totalmente ao vivo? Gerou polêmica e reclamações nas redes sociais.
Izabel - Não tive acesso a nenhuma dessas polêmicas. A Band teve uma postura muito profissional com a gente. No dia da final, tiraram nossos celulares. A gente foi para um hotel. O que assisti do programa achei muito profissional. Foi um marco mesmo. Lógico que vi notícias falando que o Raul tinha ganhado e que eu tinha ganhado. Todas as matérias falavam que não iriam se responsabilizar se não fosse aquele resultado. Tenho certeza absoluta de que as pessoas chutaram. Eu sabia que não tinha vazado, então não fiquei com medo das notícias. O programa é muito sério e, por isso, é gravado antes. Quando você vai gravando, conforme a popularidade do personagem, a credibilidade das decisões dos jurados pode ficar abalada. Quando se grava antes, acaba blindando os jurados dessa pressão das redes sociais. Ter gravado a prova não invalida em nada o resultado.
A torcida nas redes sociais e da plateia do programa era em sua maioria para o Raul. Como você lidou com isso?
Izabel - Eu lidei bem. Afinal de contas, o Raul é de São Paulo e eu do Rio (o programa foi gravado em São Paulo). Voou a caravana do Raul. Eu só tinha seis amigas minhas do Rio e algumas amigas de São Paulo com camiseta. Depois que gritavam Raul, no fim, elas gritavam "Beeel!" (risos). Não me incomodou ele estar na frente nas enquetes. Se o Raul foi tão carismático para o público, provavelmente também foi para os jurados. Se fosse rolar um desempate, não sabia se isso poderia ou não influenciar o resultado. Mas não influenciou. O programa dá o prêmio para quem cozinha melhor.
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Quais são os planos agora?
Izabel - Eu quero, antes de ir para a França, estagiar em uma cozinha profissional. Tentar adquirir o máximo de conhecimento de uma cozinha real, lavar muito chão, descascar batata, conviver com outros cozinheiros. Depois, em Paris, tentar aproveitar a experiência para fazer contatos e estagiar. É uma experiência que poucos do ramo têm. Quando voltar para o Brasil, de repente quero abrir meu restaurante. Já tenho um convite para estagiar, mas prefiro não falar porque não é confirmado. Mas espero que role muito (risos).
Pensa em projetos em conjunto com outros participantes?
Izabel - Com todos, mas principalmente com a Sabrina, que está no Rio. Mas a ideia é que a gente faça muitos eventos unindo os participantes, porque nos demos muito bem.
Quais dos participantes você leva como amigos?
Izabel - A Sabrina, a Larissa, o Raul e a Jiang são pessoas de quem eu me aproximei muito. Gosto muito da Carla, mas não ficamos tão próximas. Mas sei que ela gosta de mim, e eu dela. A mesma coisa o Marcos. Acho que a Aritana, o Fernando e o Gustavo também. Todos, praticamente. Sobre o Cristiano, não tive nenhum problema com ele, mas ele teve comigo. Adoraria levá-lo como amigo, acho ele muito engraçado. Mas tentei me aproximar dele e não rolou. Beleza, acontece. Nem todo mundo é obrigado a gostar de todo mundo
Como você está lidando com a popularidade pós-programa?
Izabel - Estou enlouquecida. Há três meses, eu tinha 200 seguidores no Instagram e, agora, devo bater os 100 mil. É uma responsabilidade. Essa exposição está abrindo muitas portas. Vou aproveitar o máximo, vou ser cozinheira mesmo, é o que eu quero.
Você tinha algum jurado preferido?
Izabel - O Jacquin, em termos de temperamento e conhecimento culinário, foi meu preferido. Tenho uma identificação com a coisa do comer bem, beber bem, ser um bon vivant. Ele tem isso. Via que tudo o que ele falava os outros jurados tinham como verdade. Quando o Jacquin diz que está bom, está bom. Se diz que está ruim, está ruim. Já a Paola tem um tipo de cozinha, uma assinatura, que admiro muito. Gostaria de seguir nessa linha, de honrar os alimentos e fazer uma cozinha autoral. E o Fogaça é uma espécie de ídolo. Ele conseguiu o que nós estamos tentando fazer: mudar de profissão um pouco mais tarde e virar cozinheiro. Hoje, ele é um dos maiores chefs do Brasil.
Acha que, às vezes, eles pegam pesado demais?
Izabel - As críticas de todos sempre foram pertinentes. A forma como as críticas eram colocadas é porque estávamos em um programa de televisão. Só se você tiver síndrome de perseguição vai achar que isso é pessoal (risos). O cara não vai virar para você e dizer "Querido, sua carne está mal passada". É programa de televisão, tem que pegar pesado. No final das contas, era até um pouco engraçado.