Fazia tempo que Gramado não ouvia tantos gritos. Mariana Ximenes foi a grande estrela do Festival de Cinema nesta sexta. A atriz chegou ao tapete vermelho acompanhada de Otávio Muller, com quem contracena em Um Homem Só, filme da sessão desta noite no Palácio dos Festivais. Vladimir Brichta, que protagoniza o longa e era esperado em Gramado nesta sexta, só deve vir à cidade no sábado.
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Atenciosa e simpática com os fãs, Mariana teve suas entrevistas constantemente interrompidas por pedidos de selfie e gritos que iam de "eu te amo" para "só vim até aqui para te ver", aos quais respondia com acenos e beijinhos. Antes de entrar no Palácio, onde assistiria à sessão, a atriz falou sobre sua relação com o Rio Grande do Sul, onde já filmou para a televisão e para o cinema:
- Eu estava superansiosa para estrear aqui o filme, até porque é um projeto xodó, que foi concebido com amigos desde o início. Tenho o maior carinho com esse filme.
Seguindo a tradição de comédias no cinema brasileiro recente, Um Homem Só fala sobre um homem triste que vai à uma clínica para criar uma cópia sua - o que o ajudaria a começar de novo. Experiente no gênero, Otávio Muller vê no longa uma mudança em relação aos lançamentos recentes do cinema brasileiro:
- Historicamente, no Brasil, a comédia é fundamental. Faz parte da nossa tradição. O nosso filme é uma comédia, mas tem uma série de coisas específicas e interessantes. A gente tem que começar a fazer comédias diferentes, mas continuar fazendo comédia.
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Nesta sexta, o Festival de Gramado teve ainda em sua programação o português Os Gatos não têm Vertigem, o gaúcho Filme Sobre um Bom Fim, o argentino La Salada e os curtas Dá Licença de Contar, de São Paulo, e O Teto Sobre Nós, do Rio Grande do Sul, além da homenagem ao diretor argentino Fernando Solanas.