Em uma série que tem mortos-vivos como sintomas de um mundo em decomposição, nada mais natural que o passado não estar exatamente morto e enterrado _ reanimá-lo, inclusive, se faz necessário para entender o futuro. Pelo menos é o que parece ser o mote de Fear The Walking Dead, derivado de The Walking Dead que estreia neste final de semana simultaneamente nos EUA e Brasil e irá voltar a fita para o que ocorreu antes de Rick (Andrew Lincoln) acordar naquele hospital devastado e sair rachando côcos.
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Claro, The Walking Dead é sobre os vivos e as relações entre si e o que restou do redor - a origem da condição que levanta os mortos não impede essa reflexão. E pelo que os criadores da nova série andam divulgando, a resposta não virá assim tão fácil - ou se sequer virá.
O negócio é que enquanto em TWD os sobreviventes já sabem o que fazer (manterem-se vivos, basicamente), em FTWD o foco será no entendimento dessa nova realidade pelo viés de pessoas (que se conhecem ou não) pegos no início da epidemia do vírus que resssucista os mortos - não apenas os atacados por infectados, mas os que morrem de causas naturais ou em acidentes.
A premissa parece semelhante a de The Strain, flagrando tanto o desespero diante do horror quanto os esforços para reverter a situação (embora, nesse caso, a gente já saiba que a coisa não vai acabar bem). Diferentemente da série original, as decisões tendem a ser mais complicadas: se em TWD um zumbi é executado sumariamente e da maneira mais prática possível, em FTWD essa ação pode envolver mais reflexões e entraves morais - afinal, não se sabe ainda que não há cura para os infectado e menos ainda como combatê-los.
Fear the Walking Dead estreia neste domingo no Brasil, às 22h, no AMC Brasil (canal 67 e 267 da Sky).
Não tá morto quem peleja
"Fear the Walking Dead" estreia neste domingo
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Gustavo Brigatti
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