No dia em que Shostakovich morreu, em agosto de 1975, eu estava em Rio Grande e, exatos 40 anos depois, só lembro a umidade daquela cidade. O meu curso de história da música ia a pleno vapor no Conservatório local e, por ironia, a morte veio bem a calhar. Naquelas lonjuras do tempo, se via e ouvia a música do século passado com outras paciências. Então, entre os compositores russos, Dmitri Shostakovich era o mais pobrezinho. Nem tão vistoso quanto Stravinsky, muito menos agressivo do que Prokofiev.
GZH faz parte do The Trust Project