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Ela é linda, charmosa, inteligente. Mas não é (só) por isso que você deve ir ao show de Carla Bruni nesta noite no Teatro do Bourbon Country: para além da beleza e do glamour, a ex-primeira-dama da França é uma compositora inspirada e uma cantora de voz envolvente e calorosa. Representante da geração de supermodelos que fulgurou sob os holofotes da moda na virada dos anos 1980 para os 1990, a top franco-italiana trocou as passarelas pelos estúdios de gravação em 1997, investindo em uma veia musical que já vinha de família - Carla é filha da pianista italiana Marisa Borini, concertista casada com o industrial e compositor erudito Alberto Bruni Tedeschi.
A estreia fonográfica da novata não poderia ter sido mais exitosa: o disco Quelquun mA Dit (2002) vendeu 2 milhões de cópias no mundo todo, embalado por melodiosas canções de amor com toques de melancolia. As baladas com arranjos folk semiacústicos, em que o violão acompanha a voz sussurrante da intérprete, viraram sucesso internacional e tornaram-se sinônimo de bom gosto. Temas como Tout le Monde, Le Toi du Moi, Le Plus Beau du Quartier, LAmour, Le Ciel dans un Chambre - versão francesa da canzone italiana Il Cielo in una Stanza - e a faixa-título Quelquun mA Dit viraram trilha sonora tanto de encontros românticos quanto de comerciais de TV, coquetéis descolados e lojas sofisticadas. Já no segundo álbum, No Promises (2007), a cantora musicou poemas em inglês de autores como William Butler Yeats, Emily Dickinson, W. H. Auden e Dorothy Parker. O resultado, porém, ficou aquém do primeiro trabalho em termos artísticos - apesar de ter vendido 500 mil exemplares. Em Comme Si de Rien nÉtait (2008), Carla assinou a maioria das 14 faixas - que incluem um poema do escritor francês Michel Houellebecq, chamado La Possibilité dune Île, e uma cover da balada You Belong to Me.
Aos 47 anos, ela vem pela primeira vez ao Brasil mostrar seu quarto CD, Little French Songs (2013). Carla estará acompanhada do tecladista Cyril Barbessol e do guitarrista Taofik Farah - mas, ao que tudo indica, não do marido, o ex-presidente francês Nicolas Sarkozy, com quem é casada desde 2008.
No seu mais recente trabalho, La Bruni cristalizou a íntima ligação que mantém com a chanson - celebrada na música-título, cujo refrão celebra a venerável tradição da canção popular francesa e seus ídolos: "Porque nós temos muito do que nos orgulhar: temos Brassens, Brel e Ferré / Temos Boris Vian, Barbara / Gainsbourg, Trenet, Prévert, Kosma / Porque nós temos o que escolher: temos Aznavour, Reggiani / Bécaud, Nougaro, Moustaki / Édith Piaf, Cloclo e Johnny".
Serviço:
Segunda-feira, 24 de agosto, às 21h.
Classificação: livre. Duração: 80 minutos.
Teatro do Bourbon Country (Túlio de Rose, 80).
Onde estacionar: no estacionamento do shopping, entre R$ 3,50 (motos) e R$ 7 (carros).
Ingressos: até o fechamento desta edição, restavam entradas a R$ 260 (mezanino) e R$ 450 (camarote), com desconto de 10% para o Clube do Assinante. Os demais estão esgotados. Ponto de venda sem taxa de conveniência: bilheteria do teatro (a partir das 10h). Pontos de venda com taxa de conveniência: Agência Brocker Turismo (Av. das Hortênsias, 1.845, em Gramado, das 9h às 18h30min), Rua Coberta do Campus II da Universidade Feevale (das 13h às 21h), quiosque no Bourbon Shopping Novo Hamburgo (das 13h às 21h), pelo site ingressorapido.com.br e pelo call center, fone (51) 4003-1212 (das 9h às 21h).
