Tudo na carreira de Karina Buhr foi pensado de antemão. É claro que a cantora, que se apresenta hoje no Opinião interpretando Secos & Molhados, não consegue prever sucessos e fracassos, mas foi racionalmente que ela deu um tempo às bandas Eddie e Comadre Fulozinha e investiu na carreira solo. E foi racionalmente que quase negou o convite para dar voz às canções de Ney Matogrosso e seus companheiros.
- Minha história é tocar minhas músicas. Fiquei pensando: será que faz sentido cantar as dos outros? Acabei aceitando como um desafio. Quis dar o meu jeito àquelas músicas - diz a cantora a ZH.
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A ideia surgiu em novembro de 2013, quando um projeto reuniu Karina, Céu, Cidadão Instigado e Fred Zero Quatro para tocar discos lançados em 1973. Calhou a Karina Secos & Molhados, álbum de estreia do grupo. No fim, a dúvida foi dizimada: o show rolou e acabou rendendo ainda mais frutos, como esta vinda a Porto Alegre. A cantora - que nasceu na Bahia, mas cresceu em Pernambuco - diz que ficar mais próxima das composições do Secos & Molhados ajuda na hora de pensar em novidades para a carreira. Menos como inspiração do que como forma de experimentação:
- Cada vez que você faz uma coisa assim, soma. É como testar outras possibilidades no palco. Todo mundo que faz música no Brasil ouviu Caetano, Alceu Valença, Rita Lee e Secos & Molhados, e isto sempre fica guardado em algum lugar da mente.
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Gustavo Foster
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