Tudo na carreira de Karina Buhr foi pensado de antemão. É claro que a cantora, que se apresenta hoje no Opinião interpretando Secos & Molhados, não consegue prever sucessos e fracassos, mas foi racionalmente que ela deu um tempo às bandas Eddie e Comadre Fulozinha e investiu na carreira solo. E foi racionalmente que quase negou o convite para dar voz às canções de Ney Matogrosso e seus companheiros.
- Minha história é tocar minhas músicas. Fiquei pensando: será que faz sentido cantar as dos outros? Acabei aceitando como um desafio. Quis dar o meu jeito àquelas músicas - diz a cantora a ZH.
Após 25 anos de sua morte, Cazuza segue vivo em festas, rádios e shows
Morto há 25 anos, Cazuza é celebrado em livros e disco de inéditas
A ideia surgiu em novembro de 2013, quando um projeto reuniu Karina, Céu, Cidadão Instigado e Fred Zero Quatro para tocar discos lançados em 1973. Calhou a Karina Secos & Molhados, álbum de estreia do grupo. No fim, a dúvida foi dizimada: o show rolou e acabou rendendo ainda mais frutos, como esta vinda a Porto Alegre. A cantora - que nasceu na Bahia, mas cresceu em Pernambuco - diz que ficar mais próxima das composições do Secos & Molhados ajuda na hora de pensar em novidades para a carreira. Menos como inspiração do que como forma de experimentação:
- Cada vez que você faz uma coisa assim, soma. É como testar outras possibilidades no palco. Todo mundo que faz música no Brasil ouviu Caetano, Alceu Valença, Rita Lee e Secos & Molhados, e isto sempre fica guardado em algum lugar da mente.
Juarez Fonseca: vozes e sons da África brasileira
Karina Buhr
Quinta-feira, 9 de julho, às 22h (abertura às 21h).
Opinião (Rua José do Patrocínio, 834).
Classificação: 16 anos. Ingressos: R$ 40 (meia entrada), R$ 45 (lote promocional) e R$ 80 (inteira). Na hora, valor a definir. Ponto de venda sem taxa: Youcom do Bourbon Wallig (mais detalhes no roteiro da página 8).
O show: a cantora interpreta Secos & Molhados.