Quando Katy Perry provocou ao cantar que havia beijado uma mulher (e gostado) e alcançou o topo das paradas de sucesso, lá em 2008, era difícil prever que em sete anos ela seria uma das cantoras pop mais bem-sucedidas dos anos 2000. Em um mercado efêmero, empilhou um hit atrás do outro, alcançou cifras impressionantes, bateu recordes e agora se tornou a artista mais bem paga do mundo - em ranking da revista Forbes, divulgado semana passada, ficou atrás dos boxeadores Floyd Mayweather e Manny Pacquiao.
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Aos 30 anos, Katy faturou US$ 135 milhões no ano que passou, deixando para trás nomes como Beyoncé e Taylor Swift - com quem tem uma rixa particular. Os números são graças à turnê Prismatic World Tour, que passará pelo Brasil em setembro para três apresentações (Rock in Rio, São Paulo e Curitiba). E 2015 tem sido um ano bem generoso com a cantora: em fevereiro fez o show do intervalo do Super Bowl mais visto da TV americana em todos os tempos e, em junho, atingiu a marca de 1 bilhão de visualizações no Youtube com o vídeo de Dark Horse - é a primeira mulher a conseguir o feito. Ainda assim, sofre com críticas constantes por nunca ter conquistado um Grammy na carreira.
A marca de Katy, que também é compositora, são os visuais coloridos, que passam pela roupa e pelos cabelos. Seus vídeos e shows também abusam das cores e suas músicas vão das baladas românticas, como Unconditionally, a hits dançantes, como Roar, California Gurls e Last Friday Night.
Ao contrário de suas colegas do mundo pop, Katy lida bem com a fama, gosta de aparecer, mas não é daquelas que vive aprontando. É uma "nice girl", como o documentário Part of Me (2012) mostra bem. Mas também é um sex symbol, considerada a mais sexy do mundo em 2010. Sua vida afetiva não costuma ser tão agitada quanto à da rival Taylor Swift. Teve dois relacionamentos mais badalados: o casamento de 14 meses com o ator Russel Brand e o namoro cheio de idas e vindas com o cantor-galã John Mayer, ex de Taylor.
De família religiosa (seu pai é ministro da igreja pentecostal americana), ela começou a carreira na música gospel, chegando a lançar um álbum do gênero em 2001. Até enveredar para o pop rock, influenciada pelas músicas de Alanis Morissette - trabalhou com Glen Ballard, o mesmo produtor da roqueira. Antes de chegar ao estrelato, Katy passou por duas gravadoras, mas teve seus discos cancelados. Até que a Capitol Records apostou em seu talento e lançou One of the Boys, em 2008, seu primeiro álbum com os hits I Kissed a Girl e Hot N Cold. No início foi comparada a Avril Lavigne e Lily Allen pelas músicas provocadoras e desbocadas. Dois anos depois, veio a explosão com Teenage Dream e cinco músicas chegando ao topo do ranking das mais executadas nos Estados Unidos. Com Prism, seu quarto álbum de estúdio, lançado em 2013 e recheado de músicas-chiclete, consolidou seu nome no mundo pop e com ele alcançou as cifras que a levaram ao topo do ranking da Forbes.
* Segundo Caderno