O prefeito de Passo Fundo, Luciano Azevedo ( PPS), afirma que apenas um movimento muito surpreendente poderia salvar a 16ª Jornada Nacional de Literatura. Duas iniciativas lideradas por escritores tentam reverter o cancelamento do evento, anunciado na quarta-feira passada. No sábado, um grupo de escritores que inclui nomes de peso como Milton Hatoum e Nélida Piñon divulgou carta aberta e petição online no site avaaz.org em defesa do evento. Na segunda-feira, o escritor Fabricio Carpinejar e o psicanalista Mário Corso lançaram uma campanha de financiamento coletivo no site Juntos para angariar R$ 405 mil e tentar fazer a Jornada acontecer. No entanto, a prefeitura acredita que pode ser tarde demais:
- O recurso dos escritores é muito bem- vindo, o problema é que já passamos do tempo. A menos que houvesse um movimento muito surpreendente, porque há contratos para serem assinados, pessoas a serem convidadas, estruturas a serem locadas - afirmou Azevedo, por telefone, de Brasília.
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As chances aumentariam, segundo o prefeito, caso os escritores mobilizassem o governo federal, que não se comprometeu a repassar verbas para a edição de 2015. Nesse caso, argumenta Azevedo, o valor teria de ser de pelo menos R$ 500 mil, que seriam somados aos R$ 400 mil que a campanha busca levantar.
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Azevedo reiterou que a verba prometida pela prefeitura, um total de R$ 750 mil, ainda estaria disponível para a Jornada. Também declarou que acredita ser possível realizar o evento em formato mais enxuto, com verba inferior ao orçamento original de R$ 3,5 milhões:
- Essa é uma das divergências. Minha posição é de que seria possível, e esta opinião foi manifestada ao grupo que define a Jornada. Há um entendimento de que não é possível com um recurso menor.
Até a tarde desta terça-feira, a Universidade de Passo Fundo (UPF) não havia dado retorno ao pedido de entrevista de Zero Hora.