Assim que foi reinaugurado, o novo estádio Beira-Rio surgiu como oportunidade de palco para megaespetáculos em Porto Alegre. Reformulada para a Copa do Mundo, a casa do Inter acabou não recebendo grandes shows no ano passado. Foi só em abril de 2015 que a primeira grande apresentação foi sediada no estádio. E, assim como na Arena gremista, foi com Roberto Carlos o primeiro teste do Beira-Rio.
Entre os pontos positivos, está a infraestrutura de ponta do estádio, com acessibilidade, banheiros e segurança de primeiro mundo. O som, com boa qualidade em todos os setores, também agradou - e acabou vencendo o Gre-Nal de estádios, já que o show do Rei na casa gremista foi muito criticado nesse quesito. Um problema foi o trânsito no entorno. Roberto Carlos teve que adiar em mais de 40 minutos sua entrada no palco por causa dos problemas que muitos fãs enfrentaram para chegar.
Confira a avaliação de ZH para os principais pontos do Beira-Rio no show de Roberto Carlos:
Infraestrutura
Agradou. Como já de conhecimento dos colorados, os banheiros e a segurança no Beira-Rio são de primeiro mundo. Amplo, o estádio permite acesso tranquilo por qualquer um dos diversos portões, e o trânsito, lá dentro, é muito fácil. Por isso, a ida ao bar para comprar comida e bebida também ocorre sem problema. Pessoas com necessidades especiais de acesso também puderam curtir o show, já que a entrada era facilitada. Com muitos profissionais de orientação distribuídos pelo estádio, era difícil ter problema sem solução.
Som e visibilidade
Se na Arena do Grêmio o som foi um problema, com pessoas tendo que ser realocadas para conseguir ouvir a voz de Roberto Carlos, no Beira-Rio isso não aconteceu. Ao circular pelo estádio, era possível ouvir com clareza os clássicos do Rei. O problema ficou por conta da voz: é difícil saber se o cantor está hesitante ou se o seu microfone estava realmente baixo - ou os dois. No que diz respeito à visibilidade, poucos problemas. Tirando os lugares atrás das torres de som, foi possível enxergar o palco (que não era dos maiores) de qualquer lugar do estádio.
Trânsito
É aí que devem se concentrar os esforços de melhoria para os próximos espetáculos. Até as 21h45min, havia gente chegando ao Beira-Rio. Até por isso, o show teve de ser atrasado por mais de 40 minutos: ainda havia gente trancada no trânsito, o que fez com que Roberto Carlos (e todo o público que já estava dentro do estádio) tivesse de esperar. Houve a justificativa de que Porto Alegre recebia, no mesmo dia, uma maratona. Mas fica mais difícil justificar a dificuldade de sair do Beira-Rio. Com apenas duas pistas em cada direção, a Padre Cacique andava com muita lentidão. Na Edvaldo Pereira Paiva, com toda a via liberada em só uma direção, o trânsito fluía com mais tranquilidade.