Nesta quarta-feira, valeu de tudo para encontrar Dave Grohl e companhia - até andar um par de quilômetros a pé.
Em uma apresentação que começou com confusão generalizada no trânsito (com relatos de fãs abandonando táxis e ônibus para caminhar até o local do concerto), a banda norte-americana Foo Fighters engatou hit após hit dentro do lotadíssimo estacionamento da Fiergs. E não foi sem aviso: nos primeiros minutos de show, o frontman alertou a plateia de que a banda tocaria "por muito tempo".
- Nós temos música pra caramba. Temos três horas para resumir 20 anos - anunciou Grohl, para a alegria dos 30 mil fãs.
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A partir das 21h24min (nove minutos depois do prometido na programação), o Foo Fighters abriu seu cardápio de hits. O público aprovou a longa seleção, que incluiu canções clássicas como Learn to Fly, Monkey Wrench, My Hero, Times Like These e Breakout.
As músicas do novo álbum também tiveram seu espaço, acompanhadas de projeções nos telões do palco aludindo às cidades onde foram gravadas. Em Congregation, a plateia se emocionou com as imagens de uma igreja de Nashville, enquanto In The Clear trazia imagens da bela New Orleans.
Mas não é apenas de composições próprias que é feito um show dos Foo Fighters: a banda puxou covers de Daft Punk is Playing in My House, do LCD Soundsystem, e Another One Bites the Dust, do Queen. Em Miss You, dos Rolling Stones, o baterista Taylor Hawkins tomou os vocais enquanto o palco literalmente girava em meio ao público. Mais de perto, os fãs puderam ver que Dave Grohl ostentava uma bandeira do Brasil no pedestal de seu microfone (embora um fã tenha atirado uma bandeira do Internacional para a banda, vaias dos demais presentes impediram atitudes a respeito).
Após um bloco de covers, um bis: fazendo milhares de marmanjos chorarem na noite fresca de quarta-feira, a banda encerrou os trabalhos com Everlong e um doce "não queremos dizer adeus, porque vamos voltar algum dia".
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