Mônica Salmaso nunca foi uma artista popular. O repertório refinado e as formações semiacústicas que privilegiam a presença dos músicos acompanhantes sempre colocaram a cantora paulistana mais próxima da música de câmara do que da programação radiofônica. O pendor da intérprete de colocar sua linda voz de meio-soprano como um instrumento a serviço de uma sonoridade quase erudita atingiu sua culminância em Corpo de Baile. O disco reúne 14 parcerias de Guinga e Paulo César Pinheiro - uma das dobradinhas mais criativas da MPB contemporânea.
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São canções de várias épocas, inéditas ou registradas em álbuns de pequenas tiragens - a exceção é Bolero de Satã, clássico do repertório de Elis Regina. Para abordar esse variado cancioneiro - que vai do fado em Navegante aos ecos de cantos indígenas de Curimã, passando pela valsa em Noturna -, Mônica convocou um time de arranjadores de alto nível: Dori Caymmi, Tiago Costa, Nailor "Proveta" Azevedo, Teco Cardoso, Luca Raele, Nelson Ayres e Paulo Aragão. A riqueza da instrumentação inclui violão, viola caipira, piano, cordas, clarinetes, banda de sopros, baixo acústico e percussão. É uma celebração da música de excelência - brasileira e universal. (Roger Lerina)
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Coluna Paralelo 30
"Corpo de Baile", de Mônica Salmaso, é o melhor disco de 2014 segundo críticos
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