A imagem que representa a grandeza do legado de Iberê Camargo está à beira do Guaíba em Porto Alegre. O branco e imponente museu, sede da fundação que leva o nome do artista, reúne 5 mil obras. Os mundialmente premiados traços do arquiteto português Álvaro Joaquim Siza, guardam, desde 2008, óleos, gravuras, guaches e documentos.
O material do acervo é usado em uma média de seis exposições anuais sobre Iberê. O diretor presidente da fundação, Felipe Pozzebom, conta que além de mostrar o trabalho do artista, o espaço permite o maior dos legados: repassar o gosto pela arte em forma de aprendizado para as novas gerações.
"Em paralelo às exposições, há uma série de atividades. Temos a Bolsa Iberê Camargo e o programa educativo da Fundação, principalmente para estudantes da rede pública. Nesse programa, não só capacitamos os professores, como apresentamos a arte do Iberê e a arte contemporânea. Em 2013, 26 mil alunos vieram ao museu, um acréscimo de 22% em relação ao ano anterior.”
As obras de Iberê Camargo também estão em acervos de museus e colecionadores de outras regiões brasileiras, da Europa, Mercosul e Estados Unidos. Pouco ficou na Região Central gaúcha, onde nasceu e viveu até a metade final da adolescência. Porém, neste centenário do artista, uma programação está ocorrendo para lembrar e divulgar sua obra, incluindo um documentário. As atividades de celebração são o tema da próxima reportagem da série: Cem anos de Iberê Camargo.