As ilhas do Caribe e os barcos piratas dão fôlego para Assassins Creed 4: Black Flag. Além do visual atrativo, reposiciona bem uma série conhecida.
A ampliação da aventura para um cenário mais aberto poderia ser um problema, mas permite liberdade de ação logo no início. Tutoriais longos e ações que tinham a precisão de um pixel e trancavam o progresso do jogador no terceiro jogo não aparecem mais, com menos bugs.
A ação nos barcos foi ampliada, compensando os momentos do controle do timão com combate usando canhões e invasões na base da espada. As brigas estão mais fluidas. Caso o jogador fique sem energia em uma briga, o jogo não irá punir quem optar por pular no mar e passar um tempo recarregando o medidor de vida, por exemplo.
Há um balanço entre as missões furtivas da série e a exploração do ambiente, com passagens interessantes nas ilhas e no fundo do mar. Isso é reforçado pelo belo visual, aproveitando bem o potencial do PlayStation 3 (sistema usado nesta análise). Isso permite voltar, de uma forma diferente, ao que foi visto em outros jogos da empresa. Se o navio Jackdaw pode ganhar melhorias como o avião Paladin de Splinter Cell: Blacklist, caçar pelas ilhas irá render couro e outros materiais para upgrades como em Far Cry 3, além das missões paralelas. O segmento multiplayer melhorou, e erros da estrutura do sistema do passado foram corrigidos, sem alterar a dinâmica de ataque conhecida dos jogadores.
Quem não jogou nada da série pode começar por aqui. Mesmo que a trama seja mais atrativa para os fãs dos outros jogos, estas aventuras são interessantes. O enredo está situado antes dos eventos vistos em Assassins Creed 3 e explora a vida de Edward Kenway, aspirante a pirata que assume o manto de um Assassino após uma batalha naval. A parte contemporânea da trama foi simplificada e ficou divertida.
Além de alguns bônus nas edições iniciais, Assassins Creed 4: Black Flag conta com localização para o mercado nacional e um código para desconto no upgrade para as versões das novas gerações, porém com validade apenas para os próximos meses. É um jogo que simplifica uma trama algumas vezes complexa até para alguns fãs, rendendo horas de diversão no mas e nas ilhas. A versão utilizada nesta matéria foi cedida pela Ubisoft.
PS4 terá jogos em nuvem
Os títulos das plataformas antigas chegarão ao PlayStation 4 pela internet a partir de 2014. A Sony irá lançar o serviço de jogos em nuvem através da rede Gaikai, comprada anos atrás. O mercado norte-americano será o primeiro, seguido depois pela Europa. Esta retrocompatibilidade também será levada ao PlayStation 3 e títulos desta plataforma devem ser os primeiros disponíveis.
Escassez provoca ágio
Quem comprou os novos consoles enfrenta um outro inimigo: o ágio de algumas lojas que contam com jogos para as plataformas. Produtos com previsão de repasse para o mercado nacional pelas distribuidoras oficiais apenas para o fim do ano custam até R$ 50 mais caro em algumas lojas na Capital - 25% a mais do que na pré-venda. Até o momento, apenas os três títulos do Xbox One estão nas prateleiras por meio das empresas responsáveis no país.