O ano de 2013 mal passou da metade e já pode ser considerado um prodígio no que toca à ressurreição criativa. Neste Dia Mundial do Rock, o Segundo Caderno celebra artistas e bandas que quebraram um longo jejum lançando material inédito no último semestre. E pergunta: quem você gostaria que apresentasse um novo trabalho?
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O voto do cineasta Gustavo Spolidoro e da estilista Greice Antes é para a banda britânica The Smiths. Para isso, claro que Morrissey e sua trupe teriam de se reunir e, só então, brindar os fãs com um novo trabalho - o último inédito foi Strangeways, Here We Come, de 1987.
A banda que toda uma geração gostaria de ver tocando de novo é The Smiths. Só de pensar, eu me arrepio. E isso é totalmente viável, estão todos vivos, bonitos e na ativa! Mas a birra Morrissey X Marr lembra a do filme Os Duelistas, do Ridley Scott. Se voltar já é um sonho, Smiths com músicas novas, então, é um delírio dos mais ousados! Mas não custa sonhar!
Gustavo Spolidoro, cineasta
Minha escolha é pelos Smiths. Curto o som e, quando assisti a um show do Morrissey alguns anos atrás, pensei como seria bom e curioso conferir o que eles fariam atualmente se a banda voltasse, trazendo bagagens diferentes.
Greice Antes, estilista
Já o escritor Antônio Xerxenesky segue à espera de novas músicas da banda Neutral Milk Hotel, enquanto Rafael Malenotti, vocalista da Acústicos & Valvulados, torce por uma volta do Stray Cats.
Tem sempre o caso do Neutral Milk Hotel, que mudou a história da música alternativa nos anos 1990 com a obra-prima In the Aeroplane Over the Sea e depois desapareceu. Jeff Mangum só ressurgiu para shows esporádicos, mas nada de música nova. Costumam dizer que ele, o compositor e líder da banda, enlouqueceu, pois não conseguiria superar a obra máxima.
Antônio Xerxenesky, Escritor
Neste mar de revivals, gostaria demais que Brian Setzer chamasse os ex-parceiros Slim Jim Phantom e Lee Rocker para trazer à tona mais um disco dos Stray Cats. Sei que essa ideia tem poucas chances de acontecer, pois Setzer se ocupa afu com a sua orquestra, mas meu sangue rockabilly iria borbulhar caso isso acontecesse - principalmente se viessem pra cá, e a gente abrisse esse show!
Rafael Malenotti, músico, vocalista da Acústicos & Valvulados
Muitos fãs já tiveram seus desejos realizados neste ano. Com show em Porto Alegre em 9 de outubro, o Black Sabbath não lançava nada de inédito desde o esquecível Forbidden, de 1995 - com Ozzy Osbourne nos vocais, o último disco era ainda mais antigo, Never Say Die!, de 1978. Reunido em sua formação quase clássica (o baterista Bill Ward ficou fora), o Sabbath agradou com o elogiado álbum 13.
Outro dinossauro do rock, o Deep Purple também soltou disco novo, mas pouca gente além dos fãs se deu conta. Depois de sete anos sem lançar nada de inédito, Ian Gillan e cia. botaram nas lojas seu 19º álbum de estúdio, apropriadamente intitulado Now What?! (E Agora?!).
Melhor sorte teve David Bowie, que, 10 anos depois de seu último disco de inéditas (Reality), surpreendeu com o vigoroso The Next Day - além de fazer a crítica se derreter, deu ao Camaleão seu primeiro topo de lista de mais vendidos desde Black Tie White Noise (1993).
Já os Stooges não gozaram da mesma unanimidade. Depois de um bom disco de volta em 2007 (The Weirdness), o grupo de Iggy Pop lançou em abril Ready to Die. O álbum dividiu a crítica, que o considerou requentado demais - o que não acorreu com o Daft Punk e seu Random Access Memories. A dupla não lançava nada inédito desde 2005 e voltou neste ano com um elogiadíssimo álbum de sonoridade vintage, que também alcançou o número 1 entre os mais vendidos.
Nessa lista, que inclui ainda as bandas de culto Suede (depois de um hiato de 11 anos) e My Bloody Valentine (há 22 anos sem lançar), a novidade mais recente é o Pixies. Nove anos depois de voltar à ativa, o grupo entregou aos fãs o que pode ser o primeiro single de um novo disco de estúdio: Bagboy foi liberado no dia 28 de junho, duas semanas depois da baixista Kim Deal anunciar sua saída do grupo - em seu lugar, entrou Kim Shattuck.