Amigos e familiares de Chorão acreditam que ele tenha entrado em um processo depressivo após a separação de Graziela Gonçalves, com quem foi casado por 15 anos. No entanto, segundo a estilista, o roqueiro voltou a usar drogas há quatro anos - e há um ano e meio, compulsivamente. O cantor, vocalista da banda Charlie Brown Jr., foi encontrado morto em casa na madrugada da última quarta-feira em Pinheiros, zona oeste de São Paulo.
Em entrevista à revista IstoÉ desta semana, Graziela contou que um dos motivos que pesou para o início do momento vivido pelo cantor foi a separação da banda, em 2005, ano em que a formação original começou a ser desfeita, e Chorão refez o grupo com novos músicos. Ela ainda explicou que os dois não se separaram definitivamente, pois não houve pedido de divórcio, e muito menos deixaram de falar um com o outro. O problema foram as brigas ocorridas em decorrência da dependência química.
- Achei que, por ser o grande amor dele, o porto seguro, a separação seria a última tentativa para ele cair na real e ver que, se quisesse ficar comigo, deveria parar de usar. Era uma moeda de troca - disse ela à revista.
Após a morte de um amigo em razão das drogas, há cerca de um mês, Graziela afirma que ela, a ex-mulher de Chorão, Thaís, o filho Alexandre e a empresária tentaram internar o cantor involuntariamente para que ele pudesse se tratar. Entretanto, por conta do trabalho, impediram que ele fosse para uma clínica.
- Eu fiz de tudo para salvar o Chorão. Sempre tentei cortar as fontes de fornecimento de drogas, mas por ele ser uma pessoa muito conhecida era fácil conseguir fornecedores.
Ainda segundo a revista, na última vez em que se encontraram, Graziela lembra que pediu para que eles reconstruíssem a vida a dois e disse que estava com saudades dele.
- Chego em casa e sinto o cheiro das roupas dele, lá estão os seus moletons, os bonés... Não consigo olhar para o armário... É de enlouquecer.