Desde 2022, a sambista Teresa Cristina vive um embate judicial com a Uns e Outros Produções, da empresária Paula Lavigne. O motivo da disputa são os direitos das composições da cantora. Apesar de Teresa ter conseguido rescindir seu contrato de agenciamento com a empresa em 2020, o acordo de cessão de direitos, que garante 25% dos lucros das músicas para a produtora, se mantém até 2027.
De acordo com informações do F5, que teve acesso ao processo, Teresa afirma que não lança novos produtos musicais pois não quer que Paula tenha direitos sobre as canções por conta do contrato, assinado em 2017. No documento, foram cedidos os "direitos patrimoniais sobre a totalidade das obras musicais e lítero-musicais de sua autoria ou coautoria criadas na vigência do contrato".
A relação profissional entre empresa e artista começou em 2015, fortalecida em 2017 com um contrato de agenciamento – que incluía a cessão de direitos musicais – e durou até 2020. Teresa optou pelo fim do gerenciamento artístico pois, de acordo com ela, a empresa não cumpriu cláusulas do contrato. Ela afirma que os valores repassados pela Uns eram diferentes do acordado e acusa a empresa de não ter prestado contas.
A Uns e Outros, por sua vez, relata que foi pega de surpresa pela rescisão. Segundo a produtora, a intérprete se recusa a assinar documentos que permitam a exploração comercial das canções. Entre as faixas que não podem ser utilizadas comercialmente, está um projeto gravado em estúdio que foi bancado pela produtora.