Dilsinho não economizou sucessos em sua passagem pelo Planeta Atlântida 2023. O pagodeiro subiu ao palco por volta das 2h15min deste sábado (4) já soltando Péssimo Negócio, uma das principais canções de seu repertório. Foi hit atrás de hit, com planetários cantando do início ao fim. Alguns arriscaram também um sambinha no pé, pois é impossível resistir ao pagode romântico do artista.
Cantando Onze e Pouquinha, o pagodeiro deu sequência à enxurrada de canções de amor que ecoariam pela Saba. O "romantômetro" explodiu em Refém, a música seguinte, que embalou casais apaixonados do Planeta com os versos "Aconteceu / Minha vida estava no lugar / Tudo parecia se encaixar / Foi quando eu te vi".
O amor seguiu no ar com Trovão, só que em clima de sofrência. A canção narra o fim de um relacionamento. Certamente o chapéu não serviu para todo mundo, mas todo mundo cantou, até mesmo quem estava curtindo o Planeta com o mozão. O refrão "Como não, se é separação, de onde é o trovão / Que anuncia quando a chuva vem? / Hoje eu saí sem me despedir / Só porque eu achei que estava tudo bem / Não me leve a mal, brigas de casal / Como as nossas todo mundo tem / Se é pra te esquecer, como eu vou viver / Se eu só tenho vocês e mais ninguém" tomou conta da Saba.
Com o público já cativado, o pagodeiro aproveitou para ensaiar com os planetários sua música nova, Ela ou Eu. Também aproveitou para celebrar a presença no Planeta Atlântida.
— Fiquei sabendo que esse ano temos a honra de ser os únicos representantes do pagode aqui no Planeta. É uma honra, e é por causa de vocês — disse.
As mãos erguidas que foram de um lado para o outro na canção anterior seguiram assim em 50 Vezes, outro grande sucesso de Dilsinho, em parceria com o grupo Sorriso Maroto. Em 12 Horas, o pagodeiro jogou para a plateia a responsabilidade de cantar o refrão, estendendo o microfone. O público mostrou que estava afiado.
Dias que Vem, Dias que Vão, dele com Luísa Sonza, foi interpretada em dueto com a backing-vocal Jenni Rocha. A potência vocal da cantora rendeu aplausos dos planetários. As batidas de mão viraram gritos quando Dilsinho perguntou:
— Tem alguém solteiro aí?
Com uma multidão bradando que sim, o pagodeiro liberou geral.
— Então, tá liberado chamar a minha mãe de sogra! — disse, emendando o hit Sogra ("Eu vou chamar ela de sogra, ai ai...").
O pagode ganhou ares sertanejos com Libera Ela, parceria de Dilsinho com as patroas Maiara e Maraisa. A vibe seguiu com Tá Osso, música gravada pelo pagodeiro com Jorge e Matheus. E daí saltou para o piseiro, ritmo que embala Baby, Me Atende ("... ai que vontade de tacar o celular na parede"), de Dilsinho e Matheus Fernandes. Teve planetário dançando os tradicionais pulinhos para um lado e para o outro, marca registrada da pisadinha.
O retorno para o pagode veio em Diferentão, que levou dezenas de casais a "fazerem um pezinho" no camarote. Os rostinhos seguiram colados na romântica Cansei de Farra, cujo refrão é quase uma ode à monogamia: "Eu não preciso mais sofrer, correr atrás / E entregar meu coração na mão de outro alguém / Tudo o que eu sempre quis foi viver feliz / Sem ter que abrir mão de mim pra ficar bem / E cansei de farra / Curtir a madrugada, beijar na boca só pra me satisfazer / Agora eu quero só você".
Pouco a Pouco foi responsável por encerrar o show. Outra romântica, mas que fala sobre um fim de relacionamento - o que veio a calhar para o fechamento da apresentação. Só mesmo por isso, porque a relação de Dilsinho com o Planeta Atlântida tem tudo para seguir em muitas outras edições.