O promotor Marcos Kac, da 1ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Territorial da área Zona Sul e Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, pediu o arquivamento do inquérito policial que investigou a morte de MC Kevin. O funkeiro caiu da varanda de um hotel em 16 de maio do ano passado, após fazer um show na capital fluminense.
De acordo com documentos obtidos pelo jornal O Globo, o Ministério Público concluiu, com base em depoimentos e nos laudos do Instituto Médico-Legal (IML) e do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE), que a culpa foi exclusiva do cantor, que estava sob efeito de álcool e drogas quando caiu da suíte 502.
Segundo o promotor, "após a notícia de que sua noiva (a advogada Deolane Bezerra) estaria lhe procurando, teria se dirigido à sacada do quarto de hotel, ultrapassado o guarda-corpo da varanda, dependurando-se neste e ao dar um impulso com seu corpo sofreu a queda". "Diante disto, nada mais justifica a mobilização da polícia judiciária na instrução deste procedimento inquisitorial", escreveu Marcos Kac.
Em novembro, o delegado Leandro Gontijo, titular da 16ª DP, já havia relatado o inquérito sugerindo seu arquivamento. Para ele, as investigações confirmaram que não havia indícios de brigas, ações violentas e crimes no caso.
MC Kevin morreu aos 23 anos. Ele chegou a ser socorrido por uma ambulância e encaminhado a um hospital, mas não resistiu aos ferimentos. O laudo de necropsia do IML mostrou que o corpo do cantor sofreu 13 fraturas, sendo elas no nariz, no maxilar, na mandíbula e nas costelas, além de ter hemorragia na cabeça, perfuração no pulmão e rompimento do fígado. A causa da morte foi descrita como "traumatismo crânio encefálico".
No quarto do hotel, com o artista, estavam o também cantor Victor Elias Fontenelle, conhecido como MC VK, e a modelo Bianca Dominguez.