A modelo britânica Emily Ratajkowski acusou Robin Thicke de tê-la assediado sexualmente durante as gravações do clipe de Blurred Lines, lançado em 2013. A revelação consta no livro My Body (Meu Corpo, em tradução livre), lançado pela top.
A modelo relata que o cantor teria apertado seus seios nus quando ela e Thicke precisaram gravar uma cena sós. Na ocasião, ele "estava um pouco" embriagado e a tocou de forma imprópria e sem consentimento.
"Ele voltou ao set um pouco bêbado para filmar só comigo. Do nada, senti a frieza e a estranheza das mãos de um estranho envolvendo meus seios nus por trás. Eu instintivamente me afastei, olhando para Robin Thicke", escreveu.
Ratajkowski disse que as ações de Thicke a fizeram se sentir "nua pela primeira vez naquele dia", mas ela estava "desesperada para minimizar" o incidente. "Empurrei meu queixo para a frente e encolhi os ombros, evitando contato visual, sentindo o calor da humilhação bombear meu corpo. Eu não reagi — não realmente, não como eu deveria."
A acusação feita por Emily Ratajkoswki foi corroborada pela diretora do clipe, Diane Martel. Em entrevista ao Sunday Times, ela disse se recordar do episódio em que o cantor agarrou os seios da modelo.
— Ele estava de pé atrás dela — relatou Martel, ressaltando que o músico teria pedido desculpas em seguida.
Procurado pela BBC, Robin Thicke optou por não se manifestar sobre o assunto.
O clipe de Blurred Lines fez sucesso na época de lançamento, mas foi muito criticado por sexualizar o não-consentimento. O vídeo conta com Emily Ratajkowski e outras duas mulheres, que são exibidas seminuas ao lado de Thicke e dos cantores Pharell Williams e TI, que estão completamente vestidos.
Depois da estreia, Pharrel disse que ficou "envergonhado" com o conteúdo. Thicke, no entanto, sempre defendeu a música. Em 2015, ao New York Times, disse: "Eu nunca escrevi e nunca escreveria uma música com qualquer conotação negativa como essa".