Será uma quarta-feira (25) de celebrações para Diego Dias. O instrumentista festeja 42 anos no Opinião, a partir das 21h, com show do projeto The Beatles no Acordeon. A data também marca os três anos de sua apresentação no Cavern Club (clube que foi um dos marcos do quarteto inglês), em Liverpool — apresentação que rendeu um DVD. Também é um dia para celebrar retroativamente seus 35 anos como acordeonista, completados em 2020. Ainda, é o seu retorno aos palcos, o que por si só já seria motivo para festejar.
Projetado primeiramente na cena roqueira gaúcha como tecladista da banda Vera Loca, o músico lançou há sete anos o projeto The Beatles no Acordeon, em que interpreta temas conhecidos dos fab four. No grupo, ele é acompanhado pelos irmãos Diogo e Cassiano Farina (violão e contrabaixo, respectivamente) e Robledo Rock (bateria). Acompanhado desse trio, Diego prevê um show para cima nesta quarta, ao mesmo tempo emocionante por estar se reencontrando com o público.
— Não é um show qualquer. É “O show”. Será muito especial para a gente. Já subi no palco do Opinião várias vezes, mas será a primeira que tocaremos lá com o The Beatles no Acordeon. Depois de tanto tempo, estávamos precisando voltar a trabalhar — destaca.
O show contará com a participação especial de Renato Borghetti, um ídolo de Diego. Ele lembra que o primeiro disco do músico, Gaita Ponto (1984), saiu quando ele estava começando a tocar acordeon, e o impacto foi imediato.
— Para as crianças do Interior, ele era um Deus (risos). Sou natural de Tupanciretã e comecei dentro de um CTG, então Borghettinho era tudo para gente. Ele sempre tocou com diferentes estilos musicais, o que tem muita semelhança com o que sonho para mim e estou construindo — sublinha o instrumentista.
Antes, durante e depois
O último show que Diego realizou antes da quarentena foi em 16 de março de 2020, com a Vera Loca. Com The Beatles no Acordeon foi oito dias antes, em Bento Gonçalves. A pandemia surgiu justo no momento que o projeto estava ganhando visibilidade nacional.
Diego se apresentou com The Beatles no Acordeon em fevereiro do ano passado no Domingão do Faustão. A previsão era tocar duas músicas, que viraram quatro. O grupo ficou cerca de 10 minutos no ar, o que não é pouca coisa. Em seguida, no voo de volta para Porto Alegre, ele tocou músicas dos Beatles com seu acordeon.
— Assim como foi para todo mundo, foi muito difícil para mim os primeiros meses de pandemia. Eu estava vendo chegar o resultado de uma vida inteira de batalha. Funcionou aquela aparição no Faustão. Havíamos fechado shows no Brasil inteiro — lembra.
Além das lives da Vera Loca, Diego apresentou transmissões inusitadas durante a pandemia, em que se propunha a tocar canções que não fazem parte do repertório de seus grupos. Por exemplo, realizou apresentações online só tocando faixas de Engenheiros do Hawaii ou Oasis. Ainda, o instrumentista também costuma divulgar vídeos com releituras criativas de músicas conhecidas e novas composições.
— Fiquei triste no começo (da pandemia), mas depois percebi que o importante é ter saúde. Que aquilo ali não era nada, depois poderia recuperar. Estou otimista agora que a gente vai retornar, vai correr atrás do tempo perdido. Não vou sair do zero, já tenho uma história construída, e tenho fé que a gente vai seguir de onde parou — reflete Diego.
The Beatles no Acordeon
- Nesta quarta-feira (25), às 21h, no Opinião (José do Patrocínio, 834).
- Abertura do bar: 20h
- Ingressos a partir de R$ 52,50 pelo site sympla.com.br. Desconto para quem estiver vacinado contra covid-19 (é necessário apresentar carteira de vacinação).
- Apresentação será realizada para público sentado de até 200 pessoas. Cada ingresso dá direito a uma mesa com quatro lugares, vendidos apenas em conjunto. Uso de máscara é obrigatório (com exceção para consumo na mesa) e a circulação, restrita. Haverá QR code para a realização de pedidos pelo celular.