Um dos nomes mais marcantes da música regionalista gaúcha, Berenice Azambuja deixou um legado musical inestimável. A cantora, compositora e acordeonista morreu na noite de quinta-feira (3), aos 69 anos. Ela estava internada no Hospital São Vicente de Paulo, em Passo Fundo, no norte do Estado, onde sofreu uma parada cardíaca por volta das 22h.
Desde os 15 anos, Berenice já tocava em bailes regionalistas. Como o vestido de prenda tirava a mobilidade da acordeonista, ela passou a usar o chiripá, veste masculina ligada à tradição indígena. Na época, essa decisão gerou protestos por parte dos tradicionalistas mais conservadores. Sem se importar com as reclamações, a indumentária passou a ser uma das características marcantes da artista.
Ao longa de sua trajetória, Berenice se tornou uma embaixadora da música regionalista gaúcha. Sua música ultrapassaria as fronteiras do Estado, apresentando-se em outros rincões do Brasil e do mundo, além de aparecer em programas televisivos de alcance nacional de nomes como Faustão, Hebe Camargo, Inezita Barroso, Jô Soares, Bolinha, Chacrinha, entre outros.
Entre os 17 discos gravados ao longo da carreira, o de 1980, intitulado Romance de Terra e Pampa, trazia aquele que se tornou o maior sucesso da cantora: É Disso Que o Velho Gosta, composição sua em parceria com Gildo Campos. A música seria regravada por nomes como Sérgio Reis e Chitãozinho & Xororó.
A seguir, relembre 10 canções marcantes da trajetória de Berenice Azambuja.