Winston Marshall, banjoísta e guitarrista principal da banda britânica de folk rock Mumford & Sons, anunciou seu afastamento do grupo. A decisão ocorre após o músico ter recebido duras críticas nas redes sociais por enaltecer um livro do escritor ultraconservador Andy Ngo.
Na noite de terça-feira (9), Marshall usou sua conta no Instagram para comentar a repercussão negativa de seu elogio à obra Unmasked. "Nos últimos dias, passei a compreender melhor a dor causada pelo livro que endosso. Não ofendi apenas muitas pessoas que não conheço, mas também aqueles mais próximos de mim, incluindo meus companheiros de banda e por isso eu realmente sinto muito", escreveu o artista.
Marshall continuou: "Como resultado de minhas ações, estou dando um tempo da banda para examinar meus pontos cegos. Por enquanto, saibam que percebo como meus endossos têm o potencial de serem vistos como aprovações de comportamentos odiosos e divisivos. Peço desculpas, já que essa não era de forma alguma a minha intenção."
De acordo com o portal The Hollywood Reporter, a polêmica envolvendo o nome do músico iniciou após um tuíte parabenizando o direitista ultraconservador Ngo pela publicação de Unmasked, que promete transportar o leitor "para dentro do plano radical da ANTIFA (movimento antifascista) para destruir a democracia". "Finalmente tive tempo de ler seu livro. Você é um homem corajoso", escreveu Marshall. Após a repercussão negativa entre os fãs, a postagem foi excluída.
Esta não é a primeira polêmica envolvendo posicionamentos políticos conservadores que Marshall e a banda Mumford & Sons protagonizam. Em 2018, o grupo convidou o acadêmico canadense Jordan Peterson, acusado de transfobia, misoginia e islamofobia, para visitar seus estúdios em Londres. Quando fotos de Peterson junto a membros da banda viralizaram nas redes sociais, Marshall rebateu as críticas dizendo: "Não acho que ter uma foto com alguém significa que você concorda com tudo o que eles dizem".