Sob um contexto pandêmico, a 63ª edição do Grammy será realizada neste domingo (14), a partir das 21h. Uma das principais cerimônias da indústria musical, o evento da Academia de Gravação premia as melhores gravações do ano, composições e artistas.
Será a primeira vez que a cerimônia não terá plateia. Por conta da pandemia de covid-19, o evento será virtual, e as apresentações dos artistas realizadas remotamente. O Grammy deste ano será comandado pelo comediante e apresentador Trevor Noah, que estará no ginásio Staples Center, em Los Angeles, nos Estados Unidos.
Confira um guia para as apostas da cerimônia, prevista para durar três horas e meia.
Mulheres dominam a cena
Beyoncé lidera a premiação com nove indicações, apesar de não ter lançado álbum ano passado, seguida por Taylor Swift e Dua Lipa, com seis indicações cada.
Além disso, a cantora de blues/rock Brittany Howard, mais conhecida como a voz principal da banda Alabama Shakes, concorre em cinco categorias depois de lançar seu primeiro álbum solo, Jaime.
E, pela primeira vez, a categoria de Melhor Performance de Rock é composta exclusivamente por mulheres: Fiona Apple, Phoebe Bridgers, o grupo de irmãs Haim, Howard, Grace Potter e Big Thief.
Também espera-se que a rapper Megan Thee Stallion triunfe: ela foi indicada em quatro categorias, incluindo Revelação, na qual seis dos oito indicados são mulheres.
Mea culpa para Beyoncé?
Com 79 indicações no total, Beyoncé é a artista feminina mais indicada da história do Grammy. Ela está empatada com Paul McCartney e tem apenas uma indicação a menos que seu marido, o rapper Jay-Z, e Quincy Jones.
Mas a cantora de 39 anos, cuja arte, mensagem, inovação em negócios e presença na cultura pop marcaram a indústria, perdeu repetidamente nas maiores categorias.
Depois de prometer por anos reconhecer mais diversidade na premiação, a Academia pode pagar uma dívida a Beyoncé, que concorre nas categorias gravação e canção do ano com Black Parade e também recebeu indicações por sua colaboração com Megan Thee Stallion no remix de Savage.
No entanto, ainda não se sabe se Beyoncé vai participar da premiação, virtual ou pessoalmente.
Performances pandêmicas
O evento, em sua maioria virtual, promete talentos de primeira linha, recrutados para tentar atrair telespectadores após um dos anos mais devastadores para a indústria.
Megan Thee Stallion e Cardi B se apresentarão na cerimônia, embora não se saiba se elas cantarão o polêmico hit de verão WAP - que Cardi B irá submeter para consideração ao Grammy no ano que vem.
Taylor Swift vai se apresentar na premiação pela primeira vez desde 2016. Além delas, devem subir ao palco também Billie Eilish, vencedora das principais categorias no ano passado, Bad Bunny, Roddy Ricch, Dua Lipa, Post Malone e a popular banda sul-coreana BTS.
Raridades
Pouco menos de um mês após o fim de sua caótica candidatura presidencial, Kanye West é um dos indicados da premiação em uma categoria longe do rap. O artista está agora na disputa de Melhor Álbum de Música Cristã Contemporânea em reconhecimento à sua ode evangélica Jesus Is King.
A categoria Melhor Álbum de Palavras Faladas, que tem Michelle e Barack Obama entre os vencedores anteriores, este ano inclui os jornalistas Rachel Maddow e Ronan Farrow e o baixista Flea, do Red Hot Chili Peppers.
Vencedores póstumos
A premiação de 2021 inclui várias indicações póstumas, incluindo duas para o cantor e compositor John Prine, que morreu de complicações causadas pelo coronavírus em abril.
Leonard Cohen foi indicado ao prêmio de Melhor Álbum Folk por Thanks for the Dance, coletânea que seu filho finalizou em seu nome.
Já o rapper Pop Smoke, baleado e morto em Hollywood Hills em fevereiro do ano passado, recebeu uma indicação de Melhor Performance de Rap por Dior. A categoria conta anda com outra indicação postuma: Nipsey Hussle com Deep Reverence, colaboração com Big Sean.