O cantor e compositor Paulinho da Viola conversou com a Rádio Gaúcha na manhã deste sábado (16) e falou sobre sua expectativa para a retomadas das apresentações presenciais. Além disso, contou sobre o lançamento do álbum Sempre se pode Sonhar e sobre sua paixão por marcenaria. Paulinho participou, por telefone, do programa Supersábado, comandado por Mateus Ferraz e Tulio Milman.
Segundo o músico, por conta da pandemia, todas as suas apresentações presenciais foram canceladas. A agenda incluía apresentações na capital gaúcha e em outros municípios do Rio Grande do Sul. A expectativa do artista é de que as visitas ao Estado sejam viabilizadas pela chegada de uma vacina contra o coronavírus:
— Em 2020, nós tínhamos um projeto de vários shows, inclusive em Porto Alegre e outros municípios gaúchos que ainda não conheço. Tudo foi adiado. Espero que a vacina e a segurança sanitária cheguem logo.
Além da ausência de shows presenciais, o ano do artista também foi marcado pelo lançamento do álbum Sempre se pode Sonhar. Havia 13 anos que o cantor não lançava um novo projeto. O trabalho anterior mais recente era o CD e DVD gravado ao vivo em 2007 no projeto Acústico MTV.
O álbum lançado no ano passado reúne uma gravação ao vivo extraída dos arquivo do artista. A produção reúne 22 músicas captadas ao vivo na temporada de shows feito pelo cantor no Teatro Fecap, na cidade de São Paulo (SP), de 13 de setembro a 8 de outubro de 2006. A música Ela sabe quem eu sou, é a única inédita no álbum. Questionado sobre o motivo de ter demorado para lançar um projeto novo, o cantor afirmou que não costuma lançar álbuns em sequência:
—Nunca fui muito de gravar todo ano. Com o passar do tempo, comecei a viajar muito, a medida que eu comecei a ser mais solicitado. Tem artistas que gostam de lançar muita coisa, mas eu sou diferente. Não componho todo dia. E, ao mesmo tempo, eu comecei a priorizar meus shows, alguns projetos, viajei para o Exterior.
Em novembro do ano passado, o cantor fez sua primeira live. O show, feito no palco da Cidade das Artes, espaço localizado na zona oeste do Rio de Janeiro, foi transmitido exclusivamente na plataforma de streaming Globoplay. Segundo o artista, a apresentação o deixou "muito feliz".
— Fizemos de acordo com todos os protocolos de segurança e distanciamento entre os músicos. Parece que foi uma coisa legal, que eu não assisti ainda (risos). Fiquei muito feliz, foi a única apresentação realizada além de um show feito em janeiro, antes da pandemia chegar ao Brasil — detalha.
Além de ser um dos cantores mais importantes do samba, Paulinho é um apaixonado por marcenaria. Aa paixão foi despertada ainda durante a infância:
—Meu pai tinha um grande amigo que fabricou os móveis da casa dele, o seu Abílio, ele permitiu que eu frequentasse a oficina dele. Se eu não tivesse me envolvido com música, talvez seguisse na área. É algo prazeroso quando você constrói uma coisa, eu fiz uma mesa para mim. Perdia horas pesquisando e estudando sobre, pois é uma coisa pra prazerosa.