Em dezembro de 2019, quando o mundo ainda era "normal", bem diferente do que conhecemos hoje em função da pandemia, Dilsinho gravava seu novo DVD, Open House, em Recife, sem ter a menor ideia do que estaria por vir. Mesmo com todas as dificuldades enfrentadas nos últimos meses, o pagodeiro de números astronômicos (mais de dois bilhões de visualizações em suas canções no YouTube e mais de cinco milhões de seguidores no Instagram, para citar apenas alguns), decidiu levar o projeto adiante.
— Jamais imaginaria que estaríamos passando por isso. Mas, na medida do possível, estou satisfeito com meu lado profissional. Depois que a pandemia começou, entendi que aquilo me levaria a estar, cada vez mais, dentro da casa das pessoas — afirma o carioca.
Durante a pandemia, Dilsinho, de 28 anos, manteve, também, o planejamento de lançar, semanalmente, uma música do DVD, que está sendo disponibilizado aos fãs na íntegra nesta sexta-feira (7), em todas as plataformas digitais.
— Resolvi não parar, queria passar minha mensagem, mesmo que dentro de casa, para que as pessoas me ouvissem — afirma.
Eclético
Diferente de uma geração mais tradicional do pagode, Dilsinho não tem medo de ousar, como é possível conferir no lançamento. No show, ele aposta em diversos elementos da cultura pop, usando metais, inspirado em performances de Bruno Marz e toca tambor, inspirado em um show do grupo norte-americano Imagine Dragons, a que assistiu no Rock in Rio.
Além disso, ele não fica só no mundo do pagode quando escolhe suas parcerias - nesse projeto, Dilsinho gravou Apaixonadin com Thiaguinho e a canção Sogra, com Henrique & Juliano. Também já havia gravado, anteriormente, com nomes como Pabllo Vittar e Luísa Sonza.
— Sou muito amigo da Marília (Mendonça) e ela mostrou minhas músicas para Henrique & Juliano. Em um show, no ano passado, nos encontramos e o Juliano me disse que não aguentava mais ela mostrando as minhas músicas para eles (risos). A música Sogra tem a cara deles — afirma.
O artista, que já começou sua carreira em um mundo mais digital, disse que a pandemia reforçou ainda mais sua presença neste universo. Mas comenta que notou um aumento na "cobrança" dos fãs para que mostre mais sua vida pessoal, ou o que está fazendo no dia a dia:
— Não fico postando tanto nos Stories e sinto cobrança dos meus fãs. Minha vida pessoal é bem privada, uso as redes para mostrar minha música, meu trabalho. Claro, de vez em quando abro um pouco minha vida pessoal, sei que as pessoas gostam de mim. Mas acredito que o fato de eu mostrar mais meu trabalho nas redes seja um dos motivos pelos quais eu consiga transitar tão bem no mundo digital.