O carioca Dilsinho ampliou a variedade de gêneros musicais da primeira noite do Planeta Atlântida 2020. O cantor representou o pagode no palco principal do evento nesta sexta-feira (31).
O show começou com três grandes hits: Me Belisca, Refém e Cansei de Farra. Era o que precisava para reunir o público, que já começava a se dispersar na madrugada, depois de apresentações de Neto Fagundes, Vitor Kley, MC Kevinho, Iza e Lucas Santana.
Dilsinho combina um repertório romântico com algumas passagens marcadas por guitarras distorcidas e rolos de bateria que lembram bandas de pop rock. É uma receita certeira para cativar a atenção do público. E que funcionou no Planeta.
Em Santo Forte, a batida eletrônica crescente, a chuva de papel picado e a presença das músicos dançando lado a lado parecia um encontro inusitado do Coldplay com uma boy band em uma roda de samba. O público reagiu bem, e Dilsinho agradeceu a boa acolhida de sua estreia no festival:
— A gente sempre sonhou em estar junto com vocês.
O músico também afirmou que costumava assistir ao festival pela televisão e, para celebrar sua participação, tocou canções de bandas que fizeram a história do evento, como Só Hoje, do Jota Quest, e Proibida Pra Mim, do Charlie Brown Jr.
Também entraram no repertório releituras de clássicos do pagode romântico, como É Tarde Demais, do Raça Negra, e Depois do Prazer, do Só Pra Contrariar. Mas o público queria mesmo era dançar com os sucessos do cantor, como Péssimo Negócio e 12 Horas, que levantaram os planetários.
Para fechar a noite, o cantor voltou ao hit Refém, mas dessa vez em versão eletrônica e com final apoteótico.
— A partir de hoje estamos ligados para o resto das nossas vidas — celebrou Dilsinho, ao se despedir do público.