A Califórnia da Canção Nativa chega nesta quinta-feira (5/12) à 41ª edição, no Teatro Rosalina Pandolfo Lisboa, em Uruguaiana, a partir das 20h. Neste ano, o evento testa novas possibilidades para se adequar a um circuito de festivais sem o esplendor dos anos 1970 e 1980.
Serão três dias de competição musical. Nesta quinta, é a vez da etapa local, com 10 compositores de Uruguaiana; e sexta, da etapa geral, com 14 classificados. No sábado, a grande final contará com 12 competidores, quatro selecionados da primeira noite e oito da segunda. Os ingressos custam entre R$10 e R$ 25.
Desde 2013, a Califórnia tenta retomar a periodicidade anual – na virada do milênio, o evento se tornou bienal – por meio de leis de incentivo. No ano passado, os organizadores não conseguiram captar o valor determinado, inviabilizando a edição. Depois desse hiato, a Califórnia retorna, mas com restrições para deixar o orçamento mais enxuto, coberto agora com recursos da Prefeitura de Uruguaiana, de apoiadores diretos e da bilheteria.
Haverá apenas um show de convidado, marcado para o sábado, com João de Almeida Neto. Para compensar a falta de atrações além da competição, cada grupo inscrito vai apresentar uma música à sua escolha, além da faixa concorrente.
– Percebemos que o público queria mesmo era ouvir os competidores. É uma decisão que diminui custos, mas principalmente atrai dinamismo e variedade para a Califórnia – explica Ivoné Emilio Colpo, coordenador do evento.
Também foram eliminadas as tradicionais três linhas de competição musical (campeira, manifestação rio-grandense e livre). Agora, todas as composições disputam juntas as calhandras de ouro, prata e bronze.
– A divisão em linhas fez muito sentido no passado da Califórnia, mas ultimamente estavam servindo mais para confundir jurados e músicos do que para qualificar o evento – afirma Ivoné.