Sandy Freire, 27 anos, é o que se pode considerar fã de carteirinha – e de identidade. Nascida em Manaus, a mulher transexual ingressou na justiça em 2017 para mudar o nome de batismo:
— Era constrangedor ser chamado pelo outro nome, masculino. E como sou muito fã da Sandy, uni meus dois desejos.
A primeira tentativa de mudar o registro foi negada pelo magistrado que julgou o pedido, no estado do Amazonas. No recurso, ela apresentou laudos psicológicos, justificando no pedido que se sentia uma mulher e queria evitar os constrangimentos de ser chamado pelo antigo nome – o qual ela não revela. Argumentação aceita, virou homônima da cantora, o que passou a estampar os documentos da estudante. Mas ela surpreende ao contar que Sandy não foi a primeira opção.
— Na época do colégio eu usava Natasha, mas um dia comprei um salto plataforma que era da marca da Sandy e aí todo mundo passou a me chame de Sandy. Eu amei e decidi por Sandy — relembra.
Morando na Itália há oito anos, Sandy decidiu que acompanharia toda a turnê da dupla no Brasil. O figurino: um vestido semelhante ao utilizado pela cantora no Nordeste, em Recife, Fortaleza e Salvador. Com cristais, strass e o que o seu estilista define de “pele na pele”, em sua maioria transparente, custou R$ 1,5 mil.
— O vestido ficou pronto em uma semana. Foi uma correria. E é um sucesso. A própria Sandy reconheceu em uma passagem de som e disse, do palco: “Ela está com um vestido igual ao meu” —conta a fã.
Depois da Arena, Sandy Freire acompanhará Sandy e Junior ainda nos dois shows de São Paulo e no último do reencontro dos irmãos, no Rio de Janeiro, em 9 de novembro.