Na segunda noite do Planeta Atlântida, a partir das 23h30min, a descontração do Atitude 67 encontrará a ousadia e a empolgação de Thiaguinho. Apadrinhado pelo ex-vocalista do Exaltasamba, o grupo de pagode prepara um repertório eclético, passando por pagode romântico, samba animado e até reggae. Entre as faixas que não devem faltar no setlist, estão Saideira, Vem e Cerveja de Garrafa. Esta última, hit com mais de cem milhões de visualizações no YouTube.
Formado em Campo Grande (MS) e radicado em São Paulo, o sexteto se projetou em 2018 com o lançamento de seu disco de estreia, um ao vivo que leva o nome do grupo.
Em entrevista à GaúchaZH, o vocalista Pedrinho Pimenta falou sobre a trajetória do Atitude 67 e a origem de algumas canções do grupo.
Como é para o grupo se apresentar em um festival do tamanho do Planeta Atlântida?
Estamos com um frio na barriga com esse show no Planeta Atlântida. Sempre foi o nosso sonho. Desde moleques, nós acompanhamos as apresentações do festival pela TV e ficamos vidrados. Assistimos shows de uma galera que a gente admira muito. É uma honra participar do festival e é mais especial ainda porque iremos dividir o palco com o nosso padrinho Thiaguinho.
O que podemos esperar da apresentação de vocês?
Estamos preparando um repertório bem para cima para a galera. Vamos fazer o público se divertir ao som de “Saideira”, Cerveja de Garrafa” e “Vem”, além das nossas músicas mais recentes “A gente se pá” e “Abacagin”. Temos certeza que vai ser um show incrível, assim como todos os que fizemos no sul. Nós temos um carinho muito grande pelos gaúchos. Em todos os shows que nos apresentamos no Rio Grande do Sul, sentimos que o público nos acolheu muito bem.
Como o Atitude 67 foi formado? Quando foi o momento que vocês perceberam que o grupo estava ficando sério?
Nós seis já nos conhecíamos desde crianças. Nossos pais sempre foram amigos. Quando éramos adolescentes, criamos a banda por hobby. A gente tocava nas festinhas da galera. Chegou um momento em que cada um foi para faculdade, se formou e estava trabalhando em suas respectivas áreas de formação. Mas a vontade de fazer com que o grupo desse certo falou mais alto. Eu já morava em São Paulo e os meninos decidiram morar aqui também porque o mercado da música é mais aquecido. Eles pediram demissão dos empregos que tinham e deixaram tudo para trás para seguir o sonho de viver da música.
Qual a origem do nome do grupo? Já brincaram com vocês sobre o nome lembrar uma banda punk?
(Risos) É a primeira vez que ouço que lembramos uma banda punk. O "Atitude" surgiu quando percebemos que estávamos fazendo diferente dos nossos amigos do Mato Grosso do Sul. Enquanto eles estavam começando a carreira no sertanejo, nós resolvemos embarcar em outro gênero. Por anos, nós nos chamamos apenas "Atitude". O "67" surgiu quando nos mudamos para em São Paulo. A galera perguntava da onde éramos. Somos de Campo Grande, do Mato Grosso do Sul, e o DDD da nossa cidade é 67.
Como foi deixar Campo Grande para tentar a sorte em São Paulo?
Eu já morava em São Paulo. Saí de Campo Grande para fazer faculdade de Jornalismo aqui. Os meninos vieram depois. Nós sentimos saudade de casa, mas precisamos abrir mão de morar em Campo Grande para investir no nosso sonho. Foi um processo de muita persistência e dedicação.
Como foram os primeiros meses na capital paulista?
Nós nos sentimos bem acolhidos em São Paulo. É uma cidade bem diferente da nossa, mas criamos um carinho muito grande. Logo que eu cheguei e depois os meninos, sentimos o baque. Não estávamos acostumados com toda a movimentação de Sampa, mas nos adaptamos bem.
"A Cidade Mais Incrível de Morar" foi inspirada nesse primeiro momento em São Paulo? Qual a história por trás dessa faixa?
Foi. Todas as nossas músicas são autorais e são inspiradas no que vivemos e observamos. No caso de A Cidade Mais Incrível de Morar, escrevemos sobre a vinda para São Paulo. Chegamos na cidade com a cara e a coragem e agora não nos imaginamos vivendo em outro lugar.
Quando foi o momento que vocês perceberam que o grupo estourou?
Acreditamos que o público começou a se interessar mais pelo som da banda depois que conheceu Cerveja de Garrafa. É uma canção muito marcante e pra cima. Ficamos felizes com a repercussão.
Como conheceram o Thiaguinho?
O nosso produtor Dudu Borges mostrou uma composição nossa para o Thiaguinho, que curtiu o nosso trabalho. Ele acabou incluindo “O Seu Tom” no seu álbum. O Dudu fez essa ponte entre a gente e desde então, ele tem sido um grande padrinho para o grupo.
Quais os planos do grupo para 2019?
Durante 2019, vamos continuar lançando EPs com um intervalo em média de três meses para cada. Estamos preparando muitas novidades para a galera! Vem muita coisa boa por aí!
Cinco faixas do Atitude 67 explicadas por Pedrinho Pimenta
Psicanalisa
Psicanalisa foi feita quando nós seis já morávamos juntos em São Paulo. Um dos meninos chegou em casa contando que tinha conhecido uma mulher, que era toda esotérica e falava bastante sobre Freud. Ele tinha gostado bastante dela, mas não tinha conhecimento sobre esses assuntos. Nós fizemos a música para mostrar que ele poderia ter uma relação bacana com ela mesmo sem estar por dentro da psicanálise de Freud.
Saideira
Foi escrita pelo Éric, Regê e por mim. Nós nos inspiramos em uma história engraçada que aconteceu com o Regê, que prometeu que iria sair cedo do bar para a namorada, mas não seguiu o combinado (risos). É claro que ela não gostou nada disso.
Netflix
É uma outra música minha e do Regê. Ela nasceu quando a gente estava pensando em largar nossas carreiras e se mudar para São Paulo para investir em música. Na época, eu estava trabalhando como jornalista e ele como oceanógrafo. O pessoal achou muito arriscado e começou a falar que estávamos loucos (risos). Fizemos essa canção para dizer para as pessoas não darem ouvidos aos julgamentos e pensamentos negativos dos outros.
Tá Gostando Mais ou Menos
Tá Gostando Mais Ou Menos é uma música que foi escrita para o galã da turma: Leandro Osmar (risos). É uma brincadeira com ele, que estava sendo muito criterioso quando o assunto se tratava de mulher (risos).
Cerveja de Garrafa
É uma composição minha, que fiz em homenagem à minha namorada. Na época da faculdade, nós dois fazíamos estágio e estávamos sem grana. Em um dia, marcamos de tomar uma cerveja depois do expediente. Muitos amigos iam tomar chopp em bares mais caros e como não tínhamos dinheiro, ela acabou sugerindo para que a gente fosse em um que vendia cerveja de garrafa.
PLANETA ATLÂNTIDA 2019
- QUANDO: 1º e 2 de fevereiro (sexta e sábado).
- ONDE: Saba (Avenida Interbalneários, 413, Centro), Praia de Atlântida.
- CLASSIFICAÇÃO ETÁRIA: 14 anos. Menores de 14 anos não entram no evento, mesmo que acompanhados pelos pais ou responsável legal.
- INGRESSOS solidário e Clube do Assinante: R$ 247 (arena individual), R$ 351 (arena passaporte), R$ 432 (camarote individual) e R$ 660 (camarote passaporte).
- Inteira: R$ 380 (arena individual), R$ 540 (arena passaporte), R$ 720 (camarote individual) e R$ 1.200 (camarote passaporte).
- Meia-entrada: Ingressos esgotados para todos os setores. Os ingressos para Camarote e Planeta Premium também estão esgotados.
- PONTOS DE VENDA: Bilheteria do evento, na Saba, das 10h às 19h.
- FORMAS DE PAGAMENTO: Cartões de crédito Visa, MasterCard, Diners e ELO (no ponto de venda físico também é possível pagar com dinheiro ou cartão de débito). Parcelamento em até seis vezes sem juros.