Toda vez que Alix Georges, 35 anos, do Bairro Santa Maria Goretti, conhece uma pessoa nova ou chega a algum lugar, é questionado sobre o seu país de origem.
— De tanto me perguntarem "de onde tu és?", por causa do meu jeito e da minha aparência, desenvolvi uma forma engraçada de responder. Eu digo: "Sou do Alegrete!". Daí, falam: "Tu? Do Alegrete?". E eu saio cantando... "Não me perguntes onde fica o Alegrete..." — conta ele.
Haitiano e morador da Capital desde 2006, Alix é engenheiro de formação, professor de francês, músico e um apaixonado pelo som tradicionalista gaúcho:
— Quando estava aprendendo português, comecei a gostar de música gauchesca. Assisto sempre ao Galpão Crioulo. Escuto Teixeirinha, Elton Saldanha, Gaúcho da Fronteira...
Novo trabalho
Neste ano, ele decidiu traduzir o Canto Alegretense, uma de suas canções favoritas, para o francês, junto com seus alunos. A experiência foi tão boa que ele decidiu gravar a sua versão.
— Não pretendia divulgar, pois não tinha autorização dos autores. Gravei em uma sexta, em julho, e mandei para amigos no WhatsApp. Se espalhou e, na segunda, chegou ao Neto Fagundes, e a versão foi mostrada no Pretinho Básico (da Atlântida) — recorda, faceiro.
Desde então, Alix foi ao Jornal do Almoço e obteve a sonhada autorização das famílias de Nico Fagundes (1934 — 2015) e Bagre Fagundes.
A canção vai estar no CD de Alix, Música'mente, Vol. 1, que será lançado neste domingo, no Bar Opinião:
— O sucesso da versão me ajudou a fazer mais shows, e as pessoas perguntam muito do CD. Então, acelerei o lançamento.
Além do Canto Alegretense, o trabalho terá outras 11 faixas, sendo dez composições próprias. Mistura ritmos como reggae, zouk e reggaeton.
Não perca
O quê: lançamento do CD Música'mente, Vol. 1, de Alix Georges, no evento Baile dos Ritmos
Quando: neste domingo, às 19h
Onde: Opinião, José do Patrocínio, 834
Ingressos: a R$ 35